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Notícias / Política

30/03/2022 às 17:02

Allan Kardec se reúne com o presidente do PDT e deve deixar partido nesta quinta

O parlamentar é presidente estadual do PDT e encontra dificuldades em montar uma chapa competitiva tanto para estadual quanto para federal

Paulo Henrique Fanaia

Allan Kardec se reúne com o presidente do PDT e deve deixar partido nesta quinta

Foto: Jl Siqueira

Uma história de amor partidária de cinco anos pode ter fim nesta quinta-feira (31). Ou não! Pelo menos é o que diz o deputado estadual Allan Kardec (PDT). Segundo o próprio deputado, amanhã ele estará em Brasília em uma reunião para discutir com o presidente nacional do Partido Democrático Trabalhista, Carlos Roberto Lupi a sua permanência ou saída do partido.
 
Em conversa com a imprensa na manhã desta quarta (30), o parlamentar que também é presidente estadual do partido, confessou que o PDT em Mato Grosso está com dificuldade para montar uma chapa competitiva de deputados estaduais e federais.

Mesmo com o avanço que o partido teve no estado nos últimos quatro anos, tendo atualmente 68 vereadores, nove vice-prefeitos e oito prefeitos eleitos, a agremiação se vê em uma situação em que terá que sacrificar ou a chapa de estadual ou a de federal.
 
“Quando vim para o PDT, o partido estava praticamente apagado dentro do estado. Estou aqui há cinco anos, nos últimos quatro anos como presidente estadual elevamos de 40 vereadores para 68. Tínhamos apenas dois vice-prefeitos, hoje são nove. Tínhamos só três prefeitos, hoje são oito. Confesso que tenho dificuldade em montar chapas para estadual e federal. Caso fiquemos no agrupamento, vamos tomar a decisão de qual chapa vamos priorizar”, diz Allan Kardec
 
O parlamentar ainda corre o risco de ter que desistir da disputa à reeleição para concorrer à uma vaga na Câmara dos Deputados, ajudando assim a fortalecer a chapa de federais, o que seria arriscado, politicamente falando. Allan Kardec foi eleito deputado estadual em 2018 com 18.629 votos.
 
“Se a gente conseguir os nove nomes, sendo três mulheres competitivas, eu e mais cinco homens, pode ser que a gente concentre exclusivamente na chapa de federal. Mas é óbvio que vou precisar falar com o Carlos Lupi e ter a garantia de que isso pode acontecer. Então, provavelmente se eu ficar no PDT, vamos nos concentrar na chapa para federal. Estou sendo pressionado para concorrer para deputado federal”, garante Kardec.
 
Mas que rumo tomar?
 
Allan já recebeu dois convites oficiais. O primeiro foi feito há cerca de 30 dias atrás para se filiar ao MDB, partido de Janaina Riva e Carlos Bezerra, nomes que compõe a base do governador Mauro Mendes (União). O segundo foi feito pelo colega de Parlamento, o deputado estadual Max Russi, que chamou Kardec para se filiar ao PSB, partido comandado pelo colega e que dará apoio à candidatura do ex-presidente Lula, tendo Geraldo Alckimin como candidato a vice-presidente.
 
Allan Kardec diz que os dois convites ainda estão em aberto, mas sua preferência é o PSB. Segundo ele, o Partido Socialista Brasileiro é o que mais se assemelha às bandeiras que ele vem defendendo junto ao PDT. Mas aí que entra a sinuca de bico.
 
Acontece que Allan é seguidor de Ciro Gomes, pré-candidato à presidência pelo PDT. O deputado vem há alguns meses lutando para construir um palanque forte para Ciro, com nomes que tragam mais votos ao presidenciável.
 
Questionado sobre como ficaria a situação, já que o PSB apoio Lula, Allan diz que se sente confortável tendo em vista que o PSB em Mato Grosso se manifestou contrário à federação com o Partido dos Trabalhadores.
 
“O PSB de Mato Grosso votou contra a coligação com o PT. O PSB de Mato Grosso tem seu presidente [Max Russi] um eleitor do Ciro Gomes declarado, por isso meu conforto. Eu farei a campanha do Ciro independentemente se eu for candidato ou não, se eu estiver no partido ou não. É um compromisso de vida que eu tenho”, afirma Allan.

Só não pode se esquecer que Allan iniciou a vida política filiado ao Partido dos Trabalhadores, tendo inclusive sido eleito vereador pela legenda petista em 2012. Em 2014, disputou a primeira eleição para deputado estadual também pelo PT, tendo ficado como suplente, mas acabou assumindo a cadeira após Emanuel Pinheiro ter sido eleito prefeito em 2016. 
 
Agora com relação ao futuro resta esperar, mas não muito, já que a janela termina no próximo dia 1º de abril. 
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