Os 63 policiais militares presos na Operação Simulacrum foram ouvidos pelos magistrados da 11ª e 12ª Varas Criminais de Cuiabá na audiência de apresentação (quando não há flagrante) e as prisões temporárias – de até 30 dias – foram mantidas. Os depoimentos encerraram na noite dessa sexta-feira (1º).
Ao todo, foram 72 audiências de apresentação. A diferença no número de mandados e de alvos da operação é em decorrência do número de acusações. Alguns dos investigados respondem de três e até cinco inquéritos, informou o Poder Judiciário.
Todos os policiais passaram pelo exame de corpo de delito. Quatro investigados estão em outros municípios, mas a Corregedoria-Geral da Polícia Militar será notificada sobre necessidade da apresentação dos mesmos no prazo de 24h. Os policiais presos serão mantidos em suas lotações de origem.
A operação foi deflagrada com base em seis inquéritos que são conduzidos pela Delegacia de Homicídios de Cuiabá (DHPP). Dos 81 mandados de prisão temporária, 78 já foram cumpridos.
Durante o cumprimento dos mandados de busca e apreensão, um dos alvos foi preso em flagrante por posse ilegal de arma de fogo.
O grupo é investigado pela morte de 24 pessoas e pela tentativa de homicídio de outras quatro vítimas, sobreviventes. As investigações indicam que a intenção dos investigados era a de promover o nome dos policiais envolvidos e de seus respectivos batalhões.
Na época em que ocorreram os fatos, os policiais encontravam-se lotados nos batalhões Rotam, Bope e Força Tática do Comando Regional 1.
Na segunda-feira (04), a equipe da DHPP retoma as oitivas dos demais alvos da operação.
Durante as buscas foram apreendidos aparelhos celulares, notebooks, mídias, munições e armas que serão serão periciados pela Politec, cujos laudos serão anexados aos inquéritos.