Mato Grosso possui déficit de policiais militares em 106 dos 141 municípios do Estado. A informação é do coronel Alexandre Corrêa Mendes, comandante-geral da Polícia Militar em Mato Grosso. Segundo ele, nessas cidades, o número de efetivos está muito abaixo do recomendado.
A expectativa é que esse desfalque seja corrigido com a convocação dos aprovados no concurso da segurança pública, o qual teve a sua primeira fase realizada em fevereiro deste ano.
“Hoje nós temos pouco mais de 6 mil policiais no estado de Mato Grosso, e nós temos 106 municípios com uma quantidade abaixo do mínimo. Então, dependendo da quantidade que o Governo do Estado for convocar, vai ser tão somente para repor essa deficiência”, enfatizou o integrante da Polícia Militar.
Corrêa Mendes afirma que essa deficiência é registrada há algum tempo e se dá, principalmente, por conta de dois fatores: aposentadoria e mortalidade.
“É uma deficiência muito grande que não vem de agora. Fora que a cada ano aposenta policiais, a cada ano, infelizmente, perdemos policiais, e com isso precisamos repor”, completou, dizendo que defende um chamamento progressivo dos aprovados.
“É claro que também não queremos que faça um chamamento muito alto, porque sua formação tem que ser uma formação técnica. Todos os anos é necessário fazer a convocação para garantir uma formação técnica de qualidade”, pontuou.
Mais de 66 mil candidatos participaram do concurso para ingresso na Polícia Militar, Polícia Civil, Corpo de Bombeiros Militar e Politec. A prova dissertativa foi realizada em 20 de fevereiro passado, e a segunda fase, que se refere ao exame de aptidão física, para aqueles que foram classificados, será realizada no mês de maio.
Após o teste físico, os aprovados ainda passarão por outras duas fases. Trata-se dos exames de saúde e parte da investigação social, as quais também devem ocorrer no próximo mês.
Apesar de as vagas serem destinadas ao cadastro de reserva, o Estado prevê a nomeação de pelo menos 1.200 novos servidores ainda em 2022. Os salários variam entre R$ 3.545,31 e R$ 14.961,17.
“Creio que, no máximo, em julho, a UFMT deve entregar ao Governo do Estado a relação de todos os classificados, para que o governo possa homologar e convocar os aprovados”, finalizou o coronel.
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