O vereador por Cuiabá tenente-coronel Marcos Paccola (Republicanos) protocolou, nesta terça-feira (24), um pedido de abertura de uma Comissão Processante, que tem como objetivo cassar o mandato do prefeito Emanuel Pinheiro (MDB).
Segundo o parlamentar, o gestor teria incorrido na prática de crimes de responsabilidade ao permitir a vacinação, contra a covid-19, de pessoas em faixas etárias ainda não contempladas pelo programa nacional de imunização.
“Ele engendrou, está lá na gravação do telefone dele com o coordenador de TI, organizando um esquema de fura-fila de vacina. Ele mesmo deu uma entrevista quando ele aprovou a lei, que era um ato criminoso e a multa de R$ 21,8 mil para cada fura-fila. Somando os 46 que têm no telefone dele agendando antes do prazo previsto para aquelas idades, nós estamos falando de uma multa de em torno de R$ 1 milhão que ele teria que pagar ao município de Cuiabá por ter feito isso”, comenta o vereador em entrevista ao Leiagora.
Paccola lembra que esse é o sétimo pedido de cassação apresentado contra o gestor no Parlamento Municipal. Ele afirma que seguirá combativo em relação à gestão de Emanuel e garante que “não faltam fatos” que ensejem na cassação do prefeito.
“Fora a destruição da coordenação de assistência farmacêutica que gerou prejuízo de R$ 40 milhões. Não faltam fatos. Infelizmente, a Câmara tem uma dependência, um cabresto muito forte ainda aqui dentro dos vereadores que não permitem que eles façam o que tem que ser feito. Faz aquilo que lhe é mandado ser feito”, critica.
Apresentado durante a sessão ordinária desta terça-feira (24) , o requerimento deve ser lido na sessão desta quinta-feira (26). Para ser instaurado, ele precisa do apoio de, no mínimo, 13 vereadores.
Outro lado
Procurada, a assessoria do prefeito informou que ele avalia se irá se manifestar ainda nesta tarde ou durante a live semanal no início da noite.
