A safra 2021/2022 do milho é caracterizada com antecipação histórica da colheita em Mato Grosso. Dados do primeiro relatório de colheita divulgado pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) do dia 20 de maio indica que foram colhidos 1,24% dos 6,32 milhões de hectares estimadas para a safra, o que representa uma antecipação em relação à última temporada.
As regiões mais avançadas no estado foram a médio-norte, noroeste e centro-sul, com 2,30%, 1,31% e 1,14% colhidos, respectivamente. Esse cenário positivo foi influenciado pela semeadura adiantada da soja no estado, decorrente dos bons volumes de chuva que foram observados logo após o fim do vazio sanitário, em 15 de setembro.
A cultura de segunda safra foi uma das beneficiadas com um plantio antecipado em relação a toda a série histórica do Instituto e 82,74% foram plantados dentro da janela ideal, em 25 de fevereiro, para a safra 2021/22.
Custeio 40%mais alto
O novo prognóstico sobre os custos de produção do milho foi novamente majorado. A estimativa para abril de 2022 referente ao custeio da próxima safra está em R$ 3.327,43/ha. O incremento é de 39,79% no custo de produção em relação à temporada passada.
Os componentes que mais tiveram participação neste aumento foram os fertilizantes, defensivos e sementes com 59,97%, 23,09% e 21,11%, respectivamente. Essa elevação é pautada pelos preços aquecidos dos insumos agrícolas, principalmente os adubos, o que já vem ocorrendo desde o início das negociações para à safra, em função da menor oferta de fertilizantes no mercado após o início da pandemia e, mais recentemente, pelos conflitos na Europa.
Por fim, os altos preços dos fertilizantes vêm influenciando na comercialização do produto que se encontra 12,99% atrasada em relação ao mesmo período do ano passado.
