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Notícias / Agro e Economia

27/05/2022 às 13:01

Famílias com até dois salários devem sentir mais impacto da alta de fertilizantes

Com produção menor de alimentos, os produtos vão ficar ainda mais caros nas prateleiras

Leiagora

Famílias com até dois salários devem sentir mais impacto da alta de fertilizantes

Foto: Assessoria

O presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Soja (Aprosoja Brasil) e pré-candidato ao Senado pelo PTB, Antonio Galvan, faz um alerta sobre o impacto da falta de fertilizantes químicos na produção e consequentemente no aumento dos preços dos alimentos. Para Galvan, o problema vai atingir principalmente as pessoas que recebem até dois salários mínimos.

“O preço para importar fertilizantes está muito mais caro com a guerra entre a Rússia e a Ucrânia. E isso vai refletir em produção menor nas nossas lavouras. Quem mais vai sentir este impacto são as pessoas de baixa renda, que gastam a maior parte de seus recursos para adquirir os alimentos que compõem a cesta básica. O que estamos defendendo vai muito além da redução de custos para produzir. É uma questão de segurança alimentar”, disse Galvan durante uma audiência pública na Comissão de Agricultura e Reforma Agrária do Senado Federal.

O preço dos principais fertilizantes teve um reajuste de mais de 350%, saindo de uma média de 350 dólares por tonelada, na safra passada, para 1,3 mil dólares por toneladas na safra deste ano, um percentual de reajuste que, segundo a Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT), pode gerar desabastecimento de alimentos no mercado mundial.

“Sugerimos, nesta semana, à Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) que acione o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE), cobrando explicações das empresas sobre o reajuste no preço considerado pelo setor produtivo como “abusivo e inexplicável” ou mesmo como “formação de cartel”, ou seja, com intuito de gerar lucro às poucas indústrias que atuam no país”, afirma o presidente da Aprosoja Mato Grosso, Fernando Cadore.

Além do cloreto de potássio (KCL), que variou de 350 para 1,3 mil dólares por tonelada de uma safra para a outra, o fosfato monoamônico, conhecido pela sigla MAP, saiu de um média de preço de 480 dólares para 1,4 mil dólares por tonelada da safra anterior para a atual. Frente à situação, a Aprosoja-MT alerta que os valores atuais são “impraticáveis” e devem inviabilizar a produção agrícola no Brasil.

 
Assessoria
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