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Notícias / Agro e Economia

09/06/2022 às 13:21

VG promove oficina de agroecologia e produção de defensivos orgânicos

Município tem cerca de 2 mil famílias vivendo na Zona Rural, envolvidas majoritariamente com a agricultura familiar

Leiagora

VG promove oficina de agroecologia e produção de defensivos orgânicos

Foto: Assessoria

A Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Rural Sustentável de Várzea Grande, realizou uma oficina de Agroecologia e Produção de Defensivos Orgânicos no assentamento Capão das Antas (distante cerca de 40 km do perímetro urbano de Várzea Grande), nessa quarta-feira (8).

Uma equipe composta por sete servidores - engenheiros agrônomos, médicos veterinários e técnicos agrícolas - desenvolveu a atividade com um grupo de estudantes.

O secretário Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Rural Sustentável, Célio Santos, destacou que a ação segue a premissa da gestão do prefeito Kalil Baracat, que visa desenvolver a economia local de forma sustentável, beneficiando aqueles que mais precisam de apoio. “É mais um serviço que a Secretaria está proporcionando para os nossos pequenos produtores familiares. A ideia é levar orientações, através de assistência técnica, para que eles possam utilizar os produtos ecologicamente corretos para combater a incidência de pragas nas suas culturas”, disse.

A iniciativa vai ao encontro da necessidade dos pequenos produtores, que muitas vezes não têm condições de arcar com capacitação voltada à atividade econômica. "O objetivo é tornar essas propriedades cada vez mais sustentáveis e que eles possam sobreviver dentro de suas propriedades, evitando o êxodo rural no nosso município”, explica o secretário.

Conforme levantamento feito pela secretaria juntamente com a Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer), Sindicato dos Trabalhadores Rurais e Secretaria de Estado de Agricultura Familiar (Seaf), Várzea Grande conta atualmente com cerca de 2 mil famílias vivendo na Zona Rural, envolvidas majoritariamente com a agricultura familiar.

Um exemplo desse público é Júnior César da Silva, morador do assentamento Capão das Antas, que trabalha com a criação de vacas leiteiras e piscicultura em sua propriedade de 15 hectares. Ele se mostrou animado com a presença dos profissionais da pasta na comunidade e já solicitou uma assistência técnica em piscicultura. “Muitas vezes a gente quer investir, mas falta orientação para ter segurança de que vai ter retorno”, relatou.

Para o produtor, a oferta de cursos e assistências técnicas pelos profissionais da Prefeitura de Várzea Grande contribuirá para melhorar a produtividade. “Eu não sei os princípios ativos de determinadas plantas, então muitas vezes a gente segue a orientação da loja, que quer vender o produto mais caro. E nós temos muitas plantas dentro da nossa propriedade que servem como repelentes naturais. É mais barato e fácil de manusear”, comentou.

Oficina ensinou técnicas orgânicas e acessíveis

Na oficina de agroecologia e produção de defensivos orgânicos, o engenheiro agrônomo James Cabral, que é doutorando em Biotecnologia e Biodiversidade, explicou que estudos comprovam que o uso de agrotóxicos pode fazer mal à saúde, além de ser mais caro, por isso, a agroecologia vem ao encontro da realidade do pequeno produtor rural. “Nosso interesse é fazer uma agricultura moderna, aliando renda, desenvolvimento e sustentabilidade ambiental. Então vamos trabalhar com a agroecologia, que é uma agricultura mais adaptada aos ecossistemas agrícolas e que não usa agrotóxicos”, disse.

Durante a atividade, foi apresentada a técnica de adubação verde e ensinada, na teoria e na prática, a fabricação de três tipos de defensivos naturais, as caldas sulfocálcica, bordalesa e de fumo. A calda sulfocálcica é feita a base de cal virgem e enxofre e é indicada para tratamento de ferrugem do alho, cebola e feijão; oídio; antracnose; cochonilhas; trips e ácaros em plantas frutíferas, ovos de insetos e serve também como repelente natural contra insetos, entre outros usos.

A calda bordalesa, feita com sulfato de cobre, cal virgem e água, é indicada para rubelose, melanose, gomose, verrugose, revestimentos fúngicos, requeima, septoriose, pinta preta, antracnose, mancha olho de rã, cercosporiose, mílidio, podridão de frutos e mancha púrpur. Além disso, a calda bordalesa é utilizada para combater pragas como vaquinha, angolinhas, cigarrinha verde, cochonilhas e trips. Já a calda de fumo, feita com fumo em corda, álcool e água, é indicada para evitar pulgões, lagartas, piolhos, vaquinhas e cochonilhas.

 
Assessoria
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