A vereadora Edna Sampaio (PT) não concorda que a federação Brasil da Esperança, formada por PT, PCdoB e PV, apoie o deputado federal Neri Geller (PP) ao Senado. Edna afirmou que Neri não tem a linha política defendida pelo PT e, segundo a vereadora, teriam outros nomes que se encaixariam melhor para compor a majoritária, porém não citou nomes.
Para a vereadora, é preocupante que o PT não esteja conseguindo construir palanque com um candidato da sigla. A parlamentar reiterou não ser uma questão pessoal que a leva se opor ao Neri como candidato da federação, mas sim alinhamento de ideais. Edna ainda sugeriu que essa coligação poderia confundir os eleitores sobre o que o PT defende.
“Uma coisa muito importante na política, eu vejo, até para educar as pessoas, é a coerência. Quando as pessoas olham para você e reconhecem uma trajetória, um argumento e uma prática que coadunam, as pessoas conseguem entender o que você está falando”, avaliou.
A vereadora também justificou o receio com Neri ao lembrar que, em 2018, o PT apoiou Wellington Fagundes (PL) ao Governo do Estado, e que após ser eleito para o Senado, ele teria sido um dos parlamentares que votou a favor do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT).
Para Edna, a aproximação com o setor do agro, que é a principal bandeira de Geller, deve ser feita de outra forma, e deve ser levado em consideração o que o PT quer implantar de políticas públicas em Mato Grosso.
“Nós temos que discutir essa ultraconcentração de renda. Nós somos um dos estados mais ricos da federação e metade da população está em situação de miséria e fome. Aqui nós temos as pessoas mais ricas do Brasil e cadê essa riqueza sendo distribuída entre a população mais pobre? Para que serve um estado? Para que serve um governo? Para que serve a política se ela não for pra mediar o interesse privado de acumulação e o interesse da coletividade?” queixou Edna.
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