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10/07/2022 às 17:37

Pets: cães e gatos podem sofrer de doença semelhante ao Alzheimer

Conheça os fatores de risco para a Síndrome da Disfunção Cognitiva

Leiagora

Pets: cães e gatos podem sofrer de doença semelhante ao Alzheimer

Foto: Imagem illustrativa

Os cães e gatos domésticos podem desenvolver uma condição chamada de “Síndrome da Disfunção Cognitiva”, muito similar ao Alzheimer humano. No caso da Síndrome da Disfunção Cognitiva, os animais desenvolvem uma desordem neurodegenerativa e lentamente manifestam sinais progressivos de alteração mental e demência.

Por ser uma condição neurodegenerativa relacionada à idade, a síndrome acomete geralmente animais idosos, principalmente cães com mais de 8 anos de idade. Estudos mostram prevalência de 28% em cães com 11 a 12 anos e 68% em cães com 15 a 16 anos de idade. A prevalência em gatos com 11 a 14 anos pode chegar a 28%, e 50% em gatos com 15 anos de idade. 

 
“Os cuidados com os animais cresceram de forma significativa, ganhando espaço inclusive no mundo comercial. Esse aumento, gera na extensão de anos de vida de gatos e cachorros, por exemplo, sem falar do avanço no campo da medicina veterinária. A longevidade desses animais e consequente velhice, é efeito dessa qualidade de vida”, afirma o médico veterinário 
Lázaro Manoel.
 
Sinais clínicos
 
Quando acometidos pela síndrome, os cães geralmente manifestam confusão, ansiedade, distúrbio no ciclo sono-vigília, desatenção, inatividade, andar compulsivo (especialmente à noite), demência, incontinência fecal ou urinária, dificuldade em subir escadas, incapacidade de reconhecer pessoas e animais familiares, diminuição da interação com a família e vocalização excessiva (especialmente à noite). 
 
Quando a síndrome acomete os gatos, os sinais são parecidos com os apresentados pelos cães: desorientação espacial ou temporal; alterações nas interações entre o pet e seus tutores ou outros pets; alterações no ciclo sono-vigília; alteração nos locais de evacuação, entre outros. 
 
“Tanto para cães como para gatos, um dos sinais clínicos da Síndrome da Disfunção Cognitiva é a incapacidade dos animais em reconhecer seus tutores. 
Na maioria dos casos, o diagnóstico da síndrome é desafiador, feito com base nos sinais clínicos, exame clínico e histórico consistente com a condição”, ressalta Lázaro. Há testes comportamentais muito úteis sendo desenvolvidos para mensurar a habilidade cognitiva dos pets e determinar alguns déficits. 

É possível evitar?

Existem formas para tentar diminuir a probabilidade de o animal desenvolver a síndrome com o avanço da idade: desde pequeno, o tutor deve fornecer ao pet um ambiente enriquecido, com oportunidades de exploração, exercícios, novidades, brinquedos que o estimulem, além de promover uma dieta adequada, indicada por um médico-veterinário.
 
A dieta e suplementos dietéticos têm impacto no desenvolvimento e progressão do declínio cognitivo. Alguns fatores alimentares de risco foram identificados em humanos, e acredita-se que podem ser estendidos aos animais. É reportado na literatura que carne vermelha, frango, açúcar refinado, alimentos processados e com alto teor de gordura podem contribuir para o declínio cognitivo.
 
Animais domésticos sedentários ou que permanecem muito tempo presos, pouco estimulados, entediados e com pobre enriquecimento ambiental durante a vida também podem se tornar mais propensos ao desenvolvimento da síndrome com a idade avançada. 
 
“Todos os animais precisam de exercício regular, interações sociais e estímulos com atividades e objetivos que promovam brincadeiras e exploração do ambiente, como escaladas e novas maneiras de obter alimentos, por exemplo. 
Outros fatores de risco citados, além da idade avançada, incluem sexo e porte do animal. Cadelas têm maior risco de desenvolveram a síndrome, assim como cães de pequeno porte, embora estudos e pesquisas a respeito ainda estejam em evolução”, alerta. 
 
A síndrome da disfunção cognitiva não tem cura, mas o veterinário explica que os avanços da ciência permitem melhor manejo do animal para tentar diminuir o impacto dos sinais clínicos no seu bem-estar e no bem-estar dos tutores.

 
Assessoria
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