Pais de crianças com idades de 11 a 14 anos da escolinha do Cuiabá Esporte Clube estão revoltados com o descaso com que foram tratados pela agremiação. Sem explicação, o clube demitiu o técnico Geovanni e as crianças que iriam participar da Copa Tangará, no município de Tangará da Serra, de 17 a 23 de julho, estão receosas se ainda vão competir. O clube informou apenas nessa quarta-feira (6) que iria providenciar um novo coordenador da base.
Na noite de segunda (4), um grupo de pais foi até a sede da escolinha, na Avenida Beira Rio, cobrar explicações. Lá, alegam terem sido maltratados e relatam que o clube usou até seguranças para retirá-los do recinto.
Cerca de 50 crianças foram prejudicadas com a decisão do clube, que não tria informado aos pais se colocariam um substituto ou se a escolinha do Cuiabá pode fechar as portas, como alguns pais chegaram a pensar.
“Muitos já saíram, eu inclusive já tirei os meus meninos de lá porque foi um descaso muito grande, uma falta de respeito tanto com os pais tanto com as crianças. A gente só queria uma explicação e eles não nos falaram nada”, comentou Keninha Nunes. Ela pagava por mês R$ 400 para que os dois filhos pudessem jogar bola no local.
“A gente está fazendo o possível juntamente com o professor que foi demitido para dar continuidade ao trabalho com as crianças. Estamos buscando um outro campo, ajuda de outras pessoas pra gente conseguir dar continuidade ao trabalho do professor”, acrescenta.
A esteticista Elqui Daiani Mendes, mãe de outra criança matriculada na Escolinha do Cuiabá, também está revoltada com a situação. Ela conta que o filho não para de chorar ao ver o sonho de disputar um campeonato ser desfeito com a decisão unilateral do clube e sem nenhuma explicação.
“Nós, pais, sempre tivemos uma consideração muito grande pelo professor Geovanni. Ele sempre carregou as crianças nas costas. Do nada ele manda mensagem se despedindo e o clube não avisou nada, não teve consideração. Fomos ao local e os funcionários agiram de forma mal educada e não se importaram com as crianças em jogo e as que estavam ali para treinar”.
Conforme a mãe, mais pais foram chegando ao local querendo informações e por fim, o clube chamou a Polícia Militar para os pais e responsáveis.
“Não fomos informados de nada, nem dos jogos, dos treinos, como ficaria e na manhã de terça-feira entraram em contato fazendo o cancelamento de todas as crianças na escolinha do clube. Foi uma falta de respeito”.
Procurada pela reportagem, a assessoria de imprensa do Cuiabá disse que o clube não vai comentar o caso.
