Resgatar a dignidade e autoestima de mulheres em situação de vulnerabilidade social. Com este objetivo, a “10ª Ação Bolsa Solidária - Campanha Julho das Pretas" vai entregar 500 kits de higiene pessoal para mulheres quilombolas nos municípios de Cuiabá, Chapada dos Guimarães e Várzea Grande. As bolsas contêm absorventes, escovas e creme dental, desodorantes e sabonetes.
Segundo uma das idealizadoras do projeto, Dejenana Campos, a pobreza menstrual é realidade para muitas mulheres. Por esse motivo, em 2019, acadêmicos do Instituto Federal de Mato Grosso (IFMT) decidiram juntar esforços para chegar em locais de maior vulnerabilidade. “A menstruação é um processo saudável, normal e vital, mas esse assunto ainda é tabu em muitos locais. Além da entrega das bolsas, o projeto busca sensibilizar estas mulheres para aceitar a menstruação como um processo natural do corpo feminino”, explica.
Em 2019, 42 mulheres do Beco do Candeeiro, Morro da Luz e também catadoras do aterro sanitário de Cuiabá receberam as bolsas solidárias. Em 2021, foram entregues 80 kits de higiene pessoal e 198 pacotes de absorventes. “Este ano recebemos pedidos de muitas comunidades e a demanda aumentou muito. Temos 500 mulheres aguardando a bolsa”, acrescenta Dejenana.
Para conseguir atender a demanda, o projeto conta com doações dos produtos (absorventes, escovas e creme dental, sabonetes e desodorantes) ou também transferências de valores para a aquisição. O custo total para compra dos 500 kits será de R$ 8.500,00.
Este ano, a ação chegará até as comunidades quilombolas Lagoinha de Baixo, Lagoinha de Cima, Morro do Cambambi (Água Fria) e bairro Sol Nascente, em Chapada dos Guimarães; a comunidade quilombola urbana do bairro Novo Paraíso, em Cuiabá, e a comunidade quilombola urbana Capão do Negro, no bairro Cristo Rei, em Várzea Grande.
As entregas estão previstas para os dias 13, 14, 25 e 27 de julho. Quem quiser contribuir pode manter contato com Dejenana, pelo telefone (65) 9 9982-2732.
O projeto conta com apoio do Movimento Negro Unificado de Mato Grosso (MNU/MT), da Associação Fome Não (Afon/MT) e do Instituto Marielle Franco.
Com assessoria