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Notícias / Agro e Economia

11/08/2022 às 09:00

Acrimat e Sindifrigo emitem notas defendendo lados opostos da mesma moeda

A associação defende interesse de classe e lamenta medidas adotadas por frigoríficos, sindicato defende

Rodrigo Maciel Meloni

Acrimat e Sindifrigo emitem notas defendendo lados opostos da mesma moeda

Foto: Reprodução

O ciclo pecuário provoca alterações ‘comportamentais’ na atividade pecuária, que por vezes coloca parceiros da cadeia produtiva do gado de corte em lados opostos. E após mais uma intervenção dos frigoríficos no mercado, a Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat) reagiu publicando nota assinada pelo diretor da entidade, Oswaldo Ribeiro.

Publicado nessa terça-feira (9), o documento mostra “preocupação com o atual momento pelo qual passa a pecuária mato-grossense, principalmente em relação ao abate feito pelos grandes frigoríficos”.

Um dos fatores que trouxeram certa preocupação ao mercado foi de que a gigante JBS, líder mundial no setor de carnes, estaria estabelecendo férias coletivas, além de remanejando parte de suas operações, em unidades frigoríficas localizadas nos Estados do Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Pará.

Para a associação, essas manobras provocam prejuízos incalculáveis aos produtores, principalmente os registrados nos últimos dias quando, coincidentemente, os frigoríficos promoveram quase que simultaneamente a extensão de suas escalas, baixando os valores da arroba do boi.

“Sabemos da situação econômica pela qual passa a população brasileira, com perda de poder aquisitivo, mas acreditamos que muitas ações podem ser realizadas, inclusive pelo Governo de Mato Grosso, por meio da redução temporária das alíquotas do Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias (ICMS)”, disse Ribeiro na nota.

Em resposta, o Sindicato das Indústrias Frigoríficas do Mato Grosso (Sindifrigo-MT), emitiu nota explicando os motivos que levaram o setor a executar tais ações. “O mercado da carne bovina tem vivido de ajustes e acomodações em um novo momento para o setor, e não há apenas um motivo que responda pela atual situação em que se encontram produtores e indústria, fazendo ser necessário uma visão macro e externa do setor para se encontrar respostas razoáveis para as seguintes questões”.

Dentre os motivos, o Sindifrigo aponta o ingresso do Brasil em novos mercados; a desvalorização significativa do produto no mercado interno; o próprio ciclo pecuário, custo elevado da alimentação e do manejo; significativa diferença entre a indústria exportadora e as que detém apenas o mercado interno e diferença monstruosa de mercados que se reflete em diferentes preços para a mesma arroba.

De acordo com o sindicato, a valorização nominal do quilo do boi ou da carne não correspondem necessariamente à obtenção de margem da atividade nem para o pecuarista tão pouco para a indústria. “Neste universo há um desequilíbrio perigoso em toda cadeia, assim como existem produtores ganhando e perdendo, existem também indústrias neste mesmo contexto”.

O Sindifrigo encerra o documento pedindo que “se neste momento a indústria responsável busca alternativas, ainda que a custos altos de adequação de mercado, não podemos de forma alguma pré julgá-la ou acusá-la” e que a entidade “tem confiança, conhece e acredita nos propósitos dos seus associados”.
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