Mais do que uma festa, uma oportunidade de ajudar a quem precisa. É dessa forma que os representantes das entidades filantrópicas beneficiadas pelo 9º Festival Braseiro, realizado em Rondonópolis, no último sábado (27), definem a celebração. Ao todo, foram 19 contempladas e que puderam apresentar seus trabalhos as cerca de 5.500 pessoas que estiveram no Parque Wilmar Peres de Farias.
O Centro Municipal de Educação Infantil (CMEI) Jonas Nunes Cavalcante é um dos escolhidos. A unidade passou por uma tragédia alguns anos atrás, quando em 2019 foi atingida por um incêndio de grandes proporções e que destruiu 100% dos materiais. A coordenadora Maria Lúcia Mendes Souza conta que foi para tentar recompor a estrutura que eles se inscreveram para serem apreciados pelo Festival Braseiro.
“Ninguém ficou ferido, os alunos todos foram salvos. Depois do incêndio estamos em um lugar provisório e graças a Deus este é o segundo ano que somos contemplados. Isso vai beneficiar a todos em uma nova unidade. Toda a renda que recebermos, vamos utilizar para comprar brinquedos e os materiais pedagógicos que as nossas crianças precisam”, comentou a coordenadora.
Nesta edição da festa, os representantes das filantrópicas montaram estandes onde puderam mostrar ao público os trabalhos que realizam de assistência às pessoas em situação de vulnerabilidade social. Entre eles, estava a vice-presidente da Associação Rondonopolitana de Pessoas com Transtorno Autista (ARPTA), Cilene dos Santos. Ela afirma que com a verba, conseguirá manter os trabalhos que são oferecidos à comunidade.
Esta é a segunda vez que o projeto é contemplado. No primeiro ano, de acordo com Cilene, eles conseguiram comprar materiais essenciais para o trabalho como mobília e instrumentos para realização da fisioterapia ocupacional e atendimento psicológico. “Temos 105 associados e prestamos esses atendimentos gratuitos. Então, o que conseguimos aqui nos ajuda muito para manter os nossos trabalhos e beneficia as famílias da cidade”.
Outra entidade que também foi atendida pelo Braseiro e esteve presente no evento, foi o Rotary Club de Rondonópolis. A presidente Julice Aparecida Buzzo lembra que no período da pandemia, eles ficaram proibidos de promover ações sociais para angariar fundos em prol das 80 famílias assistidas por eles e que somente conseguiram continuar abertos, devido a doação do festival.
“Foram dois anos muito difíceis para todo mundo, mas conseguimos continuar contribuindo com essas pessoas devido as doações de 2018. Conseguimos, por meio do evento, comodatos de cadeiras de roda e colchões ortopédicos. Isso mostra que essa é uma parceria que deu certo e que podemos contar. Esse é o principal objetivo dessa celebração e que continua sendo sempre concretizado”, disse a gestora do Rotary.
O presidente da Associação Braseiro, Marco Túlio Duarte Soares, pondera que durante o período em que o festival foi suspenso, eles continuaram ajudando muitas instituições, já que muitas delas, caso não recebessem auxílio, precisam ser fechadas. “Nós não medimos esforços. A escolha para selecionar as beneficiadas nos faz sentir muito, porque sabemos que todas precisam, então, temos que atender entre essas, as que precisam mais”.
Nas oito primeiras edições do Braseiro, cerca de R$ 1.5 milhão já foram destinados para ajudar as filantrópicas. “Para nós é muito gratificante saber que o nosso principal objetivo está sendo cumprido. Colocar em execução o festival exige muito esforço e é um trabalho que envolve muitas pessoas. E todos estão dedicados ao projeto porque sabem que ele auxilia quem realmente está lá na ponta precisando”, reforça Marco Túlio.
Festival Braseiro
O Braseiro em Rondonópolis contou com 80 estações de carne. Foram vários tipos de cortes apresentados para apreciação do público como costela pantaneira, fraldinha, ancho, cupim, picanha, paella, peixes, cordeiro, entre outros. Além disso, a edição de Rondonópolis contou pela primeira vez com uma estação de pururuca e de churros.
Da Assessoria
