A duplicação da BR-163 é um dos principais gargalhos a serem superados em Mato Grosso. As obras na rodovia têm gerado impasse e sido um desafio para gestores públicos. Para o candidato ao Senado Jorge Yanai (DC) a solução para que empreendimentos como este se desenvolvam, é fazer contratos mais transparentes e com clausulas para quem descumprir o que foi estabelecido.
“O problema é que todas as vezes que esses contratos são feitos, são feitos de formas a beneficiar as empresas. Eles são tão bem amarrados, alguém deve levar vantagem com isso daí. É difícil desconstruir esse contrato. [...] Que também tenham dentro do próprio contrato, contratos de qualquer natureza, critérios que facilitem a eliminação daquela empresa que não cumpriu o que foi tratado”, afirmou o médico, em entrevista ao programa Giro Conti.
A concessão da rodovia foi firmada entre o governo federal e a Rota do Oeste e ficou estabelecido um investimento de R$ 2,3 bilhões somente para a duplicação, que até agora em apenas 120 km, restando 328 km para o término das obras.
“A BR-163 infelizmente foi entregue a uma empresa Rota do Oeste que não tem prestado o serviço a que se comprometeu. Passa-se sobre a BR-163, 70 mil veículos diários e também arrecadou no último ano R$ 500 milhões de reais que certamente não foram aplicados nas melhorias”, explicou Jorge Yanai.
A estrada é o principal corredor de escoamento da produção mato-grossense e tem recebido muitas reclamações por parte dos motoristas em relação as condições de trafegabilidade, diariamente acidentes fatais são registrados na BR-163.
Impasse
Senadores da bancada de Mato Grosso e lideranças políticas da região cobraram uma solução imediata e eficaz para garantir a manutenção da BR-163/MT e a duplicação de trechos que ainda não foram atendidos pelo atual contrato de concessão com a Concessionária Rota do Oeste (CRO).
A CRO protocolou em 9 de dezembro um pedido para devolução amigável da BR-163, em Mato Grosso, à Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).
