Ao contrário do que muitos pensam, as queimadas não se iniciam por condições climáticas, como o tempo seco e calor intenso. De acordo com o professor de climatologia da Universidade Federal Mato Grosso (UFMT), Rodrigo Marques, essas ações são 100% criminosas, pois as queimadas são consideradas um método barato de limpeza.
“A queimada é o método mais barato para limpeza de áreas para agricultura e agropecuária e no núcleo urbano. Em Cuiabá, nós temos uma cultura de queimada, as pessoas queimam tudo, queimam terreno, queimam lixo, queimam tudo”, explicou Marques.
Por conta dessa “cultura”, somado com a vegetação seca e tempo seco, o fogo pode se alastrar e causar tragédias de grandes proporções, como o que aconteceu em 2020, quando uma boa parte do Pantanal sobreu com o incêndio que se alastrou pela região, provocando grande impacto ao meio ambiente.
Porém, este ano, Mato Grosso apresentou queda de 8,1% nas ocorrências de incêndio em 2022. Segundo o Corpo de Bombeiros Militar, entre 1º de julho e 31 de agosto de 2021, foram registradas 3.413 ocorrências. No mesmo período deste ano, foram 3.139.
A prática de queimadas urbanas é crime previsto na Lei de Crimes Ambientais, nº 9.605 de 1998, que em seu artigo 54, descreve o crime de poluição, que consiste no ato de causar poluição, de qualquer forma, que coloque em risco a saúde humana ou segurança dos animais ou destrua a flora.
No estado, o período proibitivo de queimadas iniciou no dia 1° de julho.
O Leiagora conversou com o 1° tenente do Corpo de Bombeiros de Mato Grosso, Marcos Célio de Souza, que ensina como evitar queimadas, principalmente durante o período proibitivo. Um bom começo é não atear fogo em quintais e terrenos urbanos e não jogar bitucas de cigarros na estrada.
Confira o vídeo:
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