A vereadora Michelly Alencar (União) afirma que um paciente morreu em um leito de unidade de terapia intensiva do Hospital Municipal de Cuiabá (HMC) em decorrência da falta dos medicamos noradrenalina e vancomicina. A denúncia foi realizada na manhã desta terça-feira (18), durante sessão na Câmara Municipal.
“Uma pessoa morreu. Estava na UTI e morreu por falta de medicamento. Um medicamento que não pode faltar na UTI é a noradrenalina e não está tendo, porque está havendo omissão na compra desse medicamento, na manutenção dos insumos básicos. Além da noradrenalina, está faltando a vancomicina”, afirmou a vereadora.
De acordo com ela, um médico foi quem realizou a denúncia, mas ela mantém o nome dele em sigilo para evitar uma perseguição profissional dentro da unidade de saúde. Segundo Michelly, essa denúncia se junta a várias outras que ela recebeu e serão apresentadas ao Ministério Público.
O objetivo, explica a vereadora, é conseguir mobilizar algum resultado substancial, visto que a sensação é de impunidade frente aos problemas sistemáticos no sistema de saúde de Cuiabá.
“Isso causa uma indignação, causa uma frustração, porque a gente tem um orçamento de R$ 1,5 bilhão para saúde somente neste ano e aí a gente vê algumas situações perdurando, como a falta de repasse para hospitais filantrópicos, como Lions da Visão, Hospital de Câncer. [...] Venho para sessão muito frustrada e tendo a responsabilidade de ser a voz dessas pessoas que estão pedindo socorro”, pontuou.
Outro lado
A Empresa Cuiabana de Saúde Pública (ECSP), que administra o Hospital Municipal de Cuiabá (HMC) traz a público que:
- É inverídica a informação da vereadora Michelly Alencar de que um paciente veio a óbito no HMC por falta de medicamento noradrenalina.
- A direção da ECSP esclarece que NÃO faltam medicamentos na unidade, que todas as farmácias instaladas no hospital estão abastecidas.
- Ressalta ainda, que os usuários do Sistema Único de Saúde são bem assistidos.
- A ECSP e a gestão prezam pela qualidade dos serviços prestados.