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Notícias / Polícia

30/11/2022 às 18:32

Em estágio probatório, delegado pode perder o cargo caso seja comprovado abuso de autoridade

Nesta semana, a Corregedoria já deve ter uma decisão se irá instaurar um procedimento contra o delegado que invadiu uma casa em um condomínio de luxo e ameaçou de morte uma moradora

Paulo Henrique Fanaia

Em estágio probatório, delegado pode perder o cargo caso seja comprovado abuso de autoridade

Foto: Reprodução Internet

Por estar cumprindo estágio probatório na carreira pública como delegado da Polícia Civil de Mato Grosso, o servidor Bruno França Ferreira, pode perder o cargo caso seja comprovado que ele atuou com abuso de autoridade ao invadir uma casa em um condomínio de luxo e ameaçar os moradores em Cuiabá. A partir desta quarta-feira (30), a Corregedoria Geral da Polícia Civil começa a investigar a conduta do delegado.
 
Durante coletiva de imprensa concedida na manhã desta quarta, o corregedor auxiliar da PJC, Marcelo Felisbino, confirmou que Bruno França ingressou nos quadros da Polícia Civil em janeiro deste ano, portanto, ainda cumpre um estágio probatório obrigatório de um total de três anos, período este em que o servidor público leva para adquirir estabilidade.
 
“Primeiro temos que ver se houve ou não uma conduta punível. Isso ainda não temos. Tem elementos para instaurar uma sindicância? A sindicância concluiu a culpa? Que tipo de culpa? Que peso tem essa culpa? As punições, temos desde advertência, suspensões e ele [delegado Bruno] está em estágio probatório e isso conta também, pois ele precisa passar nesses estágio probatório. Ele ainda não é estável, então deve-se atentar a esse fato e não colocar a culpa antes da hora” diz Marcelo Felisbino.
 
Leia também - Delegado é acusado de abuso de autoridade por invadir casa e apontar arma para mãe e filha

Nesta quarta, serão ouvidos os policiais da Gerência de Operações Especiais (GOE) que participaram da ação comandada pelo delegado. Neste primeiro momento, serão apuradas as condutas tomadas pelos agentes do GOE, a forma como agiram e por quem foram acionados. Os corregedores também irão fazer a oitiva das vítimas, do advogado que acompanhou a família até a delegacia e do delegado acusado.
 
Nesta semana, a Corregedoria já deve ter uma decisão se irá instaurar um procedimento contra o delegado.
 
Sobre o prazo para o término das investigações, o corregedor Marcelo prefere não estabelecer uma data certa. Segundo ele, o prazo padrão gira em torno de 30 dias, podendo ser prorrogado, porém, como as investigações ainda estão no início, esse prazo ainda não há como ser definido.
 
O caso
 
O delegado da Polícia Civil, Bruno França Ferreira, está sendo acusado de invasão de domicílio e abuso de autoridade por ter invadido a casa de uma mulher na noite de segunda-feira (28), em um condomínio de luxo, em Cuiabá, e efetuado a prisão ilegal da vítima. Imagens da câmera de segurança instaladas na casa da mulher mostram o delegado invadindo a residência e ameaçando atirar contra a conduzida e contra o marido dela, tudo isso ao som dos gritos de uma criança pequena.
 
Pelas imagens das câmeras de segurança, é possível ver o delegado Bruno batendo com força na porta da casa. Após algumas batidas, ele arromba a porta e entra na sala gritando para que a mulher e o marido deitem no chão. Por diversas vezes, o delegado diz para o marido que vai estourar a cabeça da mulher se ela se aproximar novamente de seu enteado.
 
Durante todo o momento, o delegado xinga e grita dizendo que a mulher descumpriu uma medida protetiva de não chegar perto do enteado dele e a mulher grita dizendo que desconhece a medida. Os ânimos são acalmados por agentes policiais altamente armados com fuzis que acompanham o delegado Bruno.
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1 comentário

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  • Alberto Melhado ruiz Ruiz 01/12/2022 às 00:00

    Os demais policiais deveriam ter se negado a cumprir ordem ilegal. devem responder igualmente por abuso de autoridade.

 
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