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Notícias / Esporte

05/12/2022 às 15:57

Jornalista de Cuiabá conta como Copa do Mundo transforma o Catar

Mulher usando short, decote ou até um cropped? Na País da Copa tem!

Jardel P. Arruda e Priscila Mendes

Jornalista de Cuiabá conta como Copa do Mundo transforma o Catar

Foto: Reprodução / Instagram

A Copa do Mundo pode até acontecer no Catar, mas ela se passa mesmo é no “País Copa do Mundo”. Essa é a perspectiva de Sissy Cambuim, jornalista radicada em Cuiabá que está lá no Oriente Médio, acompanhando pela terceira vez o maior evento esportivo mundial, a segunda no exterior em um país conhecido por ter um regramento cultural completamente diferente do brasileiro.

Depois de vivenciar a Copa de 2014, no Brasil, em imersão total, Sissy decidiu acompanhar as próximas edições do evento. O problema é que em 2018 o torneio foi na Rússia, um país distante e que já foi considerado perigoso para mulheres nos guias de viagens.

Ela, então, se juntou a outras mulheres que fundaram o movimento Elas no Movimento Verde e Amarelo, de mulheres que queriam ir a Copa do Mundo, e começaram a trocar experiências e se prepararem para a viagem. A preparação foi fundamental, mas a realidade da Rússia durante o evento foi muito diferente do que a esperada. A mesma coisa acabou acontecendo no Catar.



“A gente chegou na Rússia e se deparou com um mundo muito diferente do que a gente imaginava. Foi muito mais legal, foi muito mais incrível. E aqui também. A gente tinha muito medo e se preparou muito mais em relação à roupa, que é uma preocupação que os homens não tinham, mas, agora, no dia-a-dia, é muito mais comum você ver mulher usando short, blusa sem manga, decote. Tá muito normal. A gente sabe que é só durante a Copa”, conta Sissy.

De acordo com ela, assim que começa o evento, as regras locais se misturam com toda diversidade etnicocultural dos turistas de outros países e acabam mais flexíveis ou diferentes do que o normal.  No Catar, por exemplo, algo impensável, como uma mulher vestir um cropped em público, se tornou quase comum.

“Copa é um mundo à parte naturalmente. Não importa o país que você esteja, é um país próprio, com regras próprias. [...] Então, muitas questões culturais, questões legais são flexibilizadas durante a Copa, porque tem muita gente diferente, de muitos lugares do mundo, fica meio incontrolável. Tudo é muito misturado”, explicou.

Sentimento Copa

Ainda nem acabou a Copa do Catar e Sissy já pensa no evento de 2026, que será sediado nos Estados Unidos, Canadá e México. Isso, porque a preparação para acompanhar um evento desses significa um esforço financeiro, visto que além do visto, passagem e hospedagem, tem os custos dos ingressos para os jogos.

“Acabou uma copa, já estamos pensando na outra. Nem acabou essa e já pensa na de 2026. Sempre vai se preparando, guardando uma grana. Tem a questão de ingresso, tem que comprar assim que abre. Tem que se planejar com muita antecedência”, explica.

Tudo isso para poder se entregar ao que ela batizou de “sentimento Copa do Mundo”. Algo que ela sentia desde criança e conta muita da história dos brasileiros em geral com Copa do Mundo: 

“Para muitos brasileiros, Copa não é uma questão de torcida, é uma questão de sentimento. É muito de memória afetiva, lembrança de família, amigos, pintar a rua. E dessas lembranças, Cuiabá ter sediado uma Copa foi fundamental para eu ter esse primeiro contato, ir a jogos que não fossem do Brasil”.
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