Ameaçado de extinção, os tatus-canastra resistir aos perigos e a na região do Pantanal tem se tornado mais comum a presença desses animais que são conhecidos também como tatu gigante. isto porque, a espécie pode chegar a 1,5 metros de comprimento e 60 quilos.
A presença dos tatus-canastra foi flagrada em imagens das câmeras do projeto de Monitoramento da Fauna Silvestre da Estrada Transpantaneira. Os vídeos foram coletados na última visita da equipe em campo, nessa quinta-feira (19), e mostram dois animais adultos juntos, passando em frente a uma das 15 câmeras trap instaladas no Pantanal.
O que mais chamou a atenção da equipe de pesquisadores é o fato de os dois bichos terem sido vistos andando de dia. No vídeo divulgado pela Sema é possível ver os tatu passando em vários momentos, inclusive, mais de uma vez durante o dia, e ainda à noite.
De acordo com o analista de meio ambiente da Coordenadoria de Fauna e Recursos Pesqueiros da Sema, Marcos Roberto Ferramosca Cardoso, este é um animal de hábitos noturnos. Ele explica ainda que presença deste animal na região é importante porque mostra não apenas a incidência da espécie, mas aponta que o bioma oferece condições de sobrevivência para os animais.
"Neste momento estamos avistando vários tatus-canastra, que apareceram em seis câmeras instaladas em locais diferentes. O tatu-canastra é uma espécie bastante sensível a atividades antrópicas, e a presença é sinal de que o ambiente está bem preservado", conta.
Ele destaca que é provável que a aparição diurna dos animais se dê por conta da cheia. Eles vão para as partes mais altas do Pantanal que não estão alagadas, nos aterros, capões e cordilheiras. Escava e se abriga em tocas profundas no solo. É um animal presente principalmente no Cerrado, mas pode ser encontrado em outros biomas como, neste caso, o Pantanal mato-grossense.
Monitoramento da Fauna Silvestre
Prestes a completar um ano de execução do projeto, já é possível avaliar quais as espécies de animais frequentam aquelas regiões em estão instaladas as câmeras, em todos os ciclos das águas. De iniciativa da Coordenadoria da Fauna e Recursos Pesqueiros, o monitoramento coleta informações voltadas às estratégias de conservação do ambiente, das espécies, e ações de proteção e atendimento emergencial aos animais silvestres.
Além de monitorar a saúde dos animais avistados pelas câmeras instaladas, é possível registrar os hábitos das espécies do Pantanal, emitir documentos técnicos e verificar a presença e a incidência de espécies ameaçadas de extinção.
Outros registros mostram animais que também estão ameaçados de extinção ou em vulnerabilidade, de acordo com a classificação brasileira. Entre eles, o tamanduá-bandeira, gato-mourisco, jaguatirica, onça-pintada, Cervo-do-pantanal, Anta, macaco-prego, entre outros.
Transpantaneira
A Estrada Parque Transpantaneira é uma Unidade de Conservação que atravessa o Pantanal até a região de Porto Jofre (a 241 km de Cuiabá). A Unidade é de uso sustentável e tem cerca de 8,6 mil hectares. Neste corredor biodiversidade são avistados com facilidade animais típicos da fauna silvestre local como tuiuiús, jacarés, cervos-do-pantanal, entre outros.
Com informações da Sema
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