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Notícias / Política

08/02/2023 às 15:45

Deputados rejeitam requerimento de PAD contra servidores que participaram de atos em Brasília

O pedido foi feito por Valdir Barranco que foi duramente criticado por diversos parlamentares

Paulo Henrique Fanaia

Deputados rejeitam requerimento de PAD contra servidores que participaram de atos em Brasília

Foto: Afonso Ferreira / TV Globo

Com 11 votos contrários, os deputados estaduais de Mato Grosso rejeitaram um requerimento apresentado pelo deputado Valdir Barranco (PT) que pedia ao a instauração de um Procedimento Administrativo Disciplinar (PAD) contra todos s servidores públicos estaduais que são investigados por participarem das manifestações que resultaram nos atos de vandalismo ocorridos no dia 8 de janeiro deste ano em Brasília. O pedido era direto para o governador Mauro Mendes (União).

O requerimento que também pedia afastamento dos servidores até o julgamento criminal no Supremo Tribunal Federal, foi rechaçado por diversos deputados de direita, na manhã desta quarta-feira (8).
 
Quem puxou o coro dos insatisfeitos foi o deputado Gilberto Cattani (PL) que foi à tribuna defender os manifestantes mato-grossenses que estiveram em Brasília no dia 8 de janeiro. De acordo com Cattani: “É um absurdo chamar mato-grossenses de terroristas. As pessoas se manifestaram de forma pacífica e ordeira. Alguns meliantes fizeram vandalismo”. Cattani defendeu que os envolvidos nos atos de vandalismo sejam punidos, mas que eles tenham direito à defesa e não sejam taxados como terroristas.
 
O novato Claudio Ferreira (PTB) classificou como “lamentável” a atitude de Barranco de “pedir a condenação sem dar o devido direito da pessoa se defender, é a condenação antecipada do PT”.
 
Já Elizeu Nascimento (PL) também classificou o requerimento como “lamentável”, mas afirmou que Barranco tem direito de apresentar suas proposituras, “inclusive uma aberração dessas. Ainda mais ele [Barranco] que faz parte de um partido que todos os atos terrorista foram praticados por ele (PT), inclusive pelo Lula e pela ex-presidente Dilma”, criticou Elizeu.
 
Deputado estadual com formação e atuação nas ciências jurídicas, Diego Guimarães (Republicanos) disse que o requerimento de Barranco fere os princípios basilares da República Federativa Brasileira, bem como o princípio do contraditório e da ampla defesa. “Se teve servidor envolvido, a sentença condenatória criminal faz com que ele perca o cargo, mas de maneira curta, rasa e rasteira querer afastar o servidor por participar, sem descrever o que ele fez, que função ele teve, não tem cabimento”, disse Diego.
 
O último a se manifestar na Tribuna foi Barranco, autor do pedido. Ele tentou justificar dizendo que somente os servidores investigados devem ser afastados da função pública, chegando ao ponto de dizer que os colegas não leram o requerimento, mas foi em vão, o pedido foi rejeitado e arquivado.

Um mês dos atos

Neste dia 8 de fevereiro completa um mês que manifestantes contrários ao resultado das eleições de 2022 depredaram os prédios públicos em Brasília. Diversos manifestantes foram presos ou afastados de cargos públicos na Capital Federal, incluindo membros do alto escalão do governo do Distrito Federal.
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