O deputado estadual Max Russi (PSB), que atualmente ocupa o cargo de primeiro-secretário na Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), desconversou sobre a possibilidade de o presidente Eduardo Botelho (União) ter que deixar o cargo por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF).
O socialista não quis polemizar o assunto, e se limitou a dizer que não acredita que o Judiciário irá se posicionar contra o atual chefe do Legislativo. “Não vamos pensar nisso, está julgando ainda, teve pedido de vista. Não deve ter nova eleição na Assembleia”, comentou.
Nessa segunda-feira (20), o ministro Alexandre de Moraes votou contra a reeleição consecutiva de Botelho ao cargo de presidente da Assembleia Legislativa. O parlamentar está pela quarta vez seguida no comando do Legislativo estadual.
O posicionamento foi apresentado no âmbito de uma ADI que aponta ilegalidade na recondução de parlamentares para os mesmos cargos da Mesa Diretora por mais de uma vez, a qual foi protocolada pelo Rede Sustentabilidade. O julgamento, contudo, foi paralisado por um pedido de vista do ministro Gilmar Mendes.
Em fevereiro deste ano, o parlamentar foi reeleito para exercer o seu quarto mandato de presidente. Antes de garantir a sua permanência à frente da Casa de Leis, ele enfrentou uma cerca resistência de Russi, que se articulou nos bastidores para disputar a eleição da Mesa Diretora contra Botelho.
O socialista chegou a formar um grupo, mas não conseguiu o apoio da maioria dos parlamentares, o que o levou a compor com Botelho. Com isso, a chapa foi eleita com apenas um voto contrário.
Questionado se não pensa em disputar a eleição caso Botelho venha ser destronado pelo STF, ele desconversa. “Nós temos harmonia na Assembleia, se tivesse uma disputa aí poderia gerar um transtorno maior. Agora, como está tudo harmonizado, está tudo tranquilo. A gente tem que aguardar, agora é muito cedo para fazer qualquer análise e qualquer conjectura”, finalizou.
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