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21/03/2023 às 12:27

Gripe, resfriado ou algo mais sério? Pediatra explica diferença

Orientação inclui reforçar hidratação, investir em alimentação saudável e garantir que o corpo possa descansar

Leiagora

Gripe, resfriado ou algo mais sério? Pediatra explica diferença

Foto: Freepik

O mês de março costuma ser propício ao surgimento de resfriados e gripes em Cuiabá. As chuvas típicas do final de verão e o retorno das crianças às escolas ampliam a disseminação de doenças respiratórias. Mas como diferenciar a gripe, ou o resfriado, de uma doença mais séria?

A observação detalhada feita pelos pais pode ajudar, afirma a pediatra Emmanuela Bortoletto Santos dos Reis. “Os sintomas são parecidos, como febre, tosse, dor no corpo e mal-estar. Mas a gripe é mais brusca: aparece mais rapidamente e com sinais mais fortes que o resfriado, que por sua vez é mais leve e costuma sumir em poucos dias”, compara.

Coordenadora de Pediatria do Hospital Santa Rosa (HSR), Emmanuela alerta para o risco de não se dar atenção devida aos quadros de gripe e resfriado. “Infelizmente, nossa sociedade minimiza o resfriado. Logo queremos voltar ao normal, mas é preciso dar ao corpo o repouso necessário”, contextualiza.

Entre os cuidados que podem ser feitos ainda em casa, estão reforçar a hidratação da criança, investir em alimentação saudável e garantir que o corpo possa descansar para reagir e lutar contra a doença. “A presença física dos pais junto às crianças tem efeito terapêutico”, afirma a médica, que além de pediatra é médica intensivista.

Sintomas graves. Mas há casos em que a criança mostra sintomas mais graves, indicando que não se trata de um resfriado. “Caso a conjunção desses sintomas apareça, procure o atendimento médico de urgência”, orienta Emmanuela.

Se a criança está com a pele com temperatura muito fria e mostra cansaço extremo a ponto de nem se animar com o brinquedo predileto, é sinal de preocupação. Somados à febre alta persistente, à falta de apetite, à palidez extrema e a muito esforço para respirar (respiração ofegante), tem-se um quadro claro de que é hora de procurar o pronto-atendimento.

Na década de 90, alguns casos de pneumonia com destruição pulmonar foram percebidos e denominados como pneumonia necrotizante. Nos últimos anos, principalmente após a pandemia de Covid-19, pediatras têm notado aumento nesses casos. É uma patologia que evolui rápido e costuma em 15 dias ou menos levar à necessidade de internação em unidades de tratamento intensivo (UTI).

“A pneumonia necrotizante acomete os pulmões de maneira devastadora. Ela era 1% dos casos de internação infantil em 2009 no País. No ano passado foram 20 casos somente no Hospital Santa Rosa. Felizmente, temos a estrutura necessária para tratar situações similares, mas fica o alerta”, afirma Emmanuela.

O uso indiscriminado de antibióticos pode ser um dos fatores que tem contribuído para o reaparecimento dessas pneumonias mais graves. “Quanto mais usamos esse tipo de medicamento, mais o nosso corpo se adapta a ele, fazendo com que, com o tempo, deixe de fazer efeito”, observa.

 
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