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29/03/2023 às 17:09

Após incerteza, MT deve ter aumento de 23% na produção de etanol de milho na safra 23/24

A previsão é feita pelo Bioind, antigo Sindalcool, que ainda destaca que esse cenário auxilia na estabilização dos preços nas bombas de combustíveis em todo o estado

Paulo Henrique Fanaia

Após incerteza, MT deve ter aumento de 23% na produção de etanol de milho na safra 23/24

Foto: Reprodução

Após um momento de incertezas devido ao estímulo ao consumo de combustíveis fósseis, o estado de Mato Grosso deve ter um crescimento de 23% na produção de etanol de milho na safra 23/24, o que representa a industrialização de 4,27 bilhões de litros do biocombustível. A previsão é feita pelas Indústrias de Bioenergia de Mato Gross (Bioind – antigo Sindicato das Indústrias Sucroalcooleiras do Estado de Mato Grosso – Sindalcool).
 
Atualmente, cerca de 75% da produção de etanol do estado é de milho. Na safra passada foram registrados 3,2 bilhões de litros de etanol produzido. Quanto ao etanol de cana, foram 1,075 bilhões de litros ´produzidos na safra passada, sendo que neste ano o esperado é de 1,1 bilhão de litros.

Ao todo, contando com cana e milho, a expectativa é de que o estado produza 5,3 bilhões de litros, o que pode ajudar o estado a subir no ranking dos produtores de etanol, pois, como lembra o presidente do Bionid, Silvio Rangel, atualmente o estado fica atrás somente de São Paulo e Goiás, respectivamente.
 
“O etanol de milho gera emprego ao estado, gera agregação. Ao invés da gente levar esse produto para outros estados, estamos agregando valor aqui. Nós trazermos geração de emprego e renda e contribuímos com o estado através da geração de impostos. Mato Grosso saiu da 7º colocação e hoje estamos na 3ª colocação e podemos, nos próximo dois anos, chegar na 2ª colocação. Isso é importante para que a indústria produza mais e traga uma melhor economia ao estado,” afirmou Silvio Rangel durante coletiva de imprensa na manhã desta quarta-feira (29).
 
De acordo com o presidente, em 2022, o setor de produção de etanol teve dificuldades e incertezas, haja vista a política de redução de ICMS sobre a gasolina, o que impactou a produção de etanol, já que, com isso, o consumo pelo consumidor final fica mais competitivo. Todavia, a indústria em Mato Grosso sobre aproveitar este momento, o que elevou a produção do combustível, tanto de cana quanto de milho.
 
Novas indústrias e impactos na economia estadual
 
Neste cenário da safra 23/24, o Bioind anunciou o início das operação de uma nova unidade de produção de etanol de milho no município de Primavera do Leste e a finalização da ampliação de outra unidade em Nova Mutum. De acordo com Silvio Rangel, as indústrias apostaram no desenvolvimento do processo industrial, o que trouxe maior valor agregado à matéria-prima, mudando a cadeia produtiva.
 
“Esse momento gera o fortalecimento de toda a nossa cadeia industrial que trabalha constantemente pela inovação e para oferecer mais opções ao mercado”, diz Rangel.
 
A diretora executiva do Bioind, Lhais Sparvolli explica que esse aumento na produção do etanol de milho é um fator positivo para o estado, não só pela geração de emprego, renda, tributos e por colocar Mato Grosso em um bom ranking nacional, mas também pelo fato de que, diferente da cana de açúcar, o milho é um grão que pode ser estocado, o que gera uma produção mais estável no estado e ajuda a estabilizar o preço dos combustíveis nas bombas dos postos, lembrando que é um dos estados que figura como um dos estados que tem os melhores preços de etanol do Brasil.
 
“O etanol de milho traz uma estabilidade importante de etanol no Brasil como um todo. Nós temos uma entressafra muito significativa da cana uma vez que estamos no período do corte da cana e a cana não pode ser armazenada, o milho pode ficar armazenado e isso é feito. Então, temos uma produção estável de milho todo o ano e com isso temos uma diminuição da entressafra. Hoje a cana no brasil ainda é muito representativa na produção de etanol, o milho é só 15%, mas em Mato Grosso nós produzimos 75% de etanol de milho. Não é só a produção que impacta nos preços, temos aí o preço da gasolina, de custo de produção, mas o etanol de milho e esses 75% de produção no estado em mostram que essa estabilização da oferta impacta sim no preço final da bomba.
 
De Sindalcool para Bioind
 
Durante a coletiva de imprensa, Silvio Rangel falou sobre a mudança de nome do Sindalcool, que passou a se chamar Bioind (Indústrias de Bioenergia de Mato Gross). Segundo o presidente, quando iniciou os trabalhos, a Sindalcool atuava significativamente na produção de cana de açúcar. Acontece que de lá para cá o mercado inovou, novas industrias chegaram ao estado, matérias-primas se somaram ao processo, novos produtos começaram a ser utilizados e forma descobertas outras maneiras de geração e energia.
 
“Com todo esse cenário de expansão produtiva e foiatel4cimento na atuação, com foco na geração do biocombustível com menor emissão de gases de efeito estufa e com produtos que podem abastecer outros segmentos industriais, nós tínhamos que inovar o nosso posicionamento estratégico,” afirma Silvio Rangel.
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