Presidente do Sincofarma diz que morte de grávida foi uma tragédia e poderia ocorrer com qualquer pessoa
José Antônio disse que se solidariza com a família da vítima, mas adiantou que confia que a farmácia tenha feito tudo que estava ao seu alcance para que o resultado fosse outro
O presidente do Sindicato das Farmácias e Drogarias de Mato Grosso (Sincofarma), José Antônio Parolin, considerou a morte da grávida Elaine Ellen Ferreira Vasconcelos, de 32 anos, como uma tragédia, mas alegou que para todo medicamento há um risco e que essa é uma situação que pode ocorrer com qualquer pessoa.
“Com certeza, o ocorrido é uma tragédia. Ninguém trabalha numa farmácia ou drogaria para prejudicar alguém. Na verdade, são estabelecimentos auxiliares ao serviço de saúde. Não sabemos tudo que ocorreu. O que tem de informação veio pelas notícias e redes sociais. O que chegou é que foi uma injeção intravenosa chamada Neo Cebetil, é uma vitamina C, com complexo B e glicose. É uma injeção muito utilizada para dar energia, quando está gripada, porque aumenta a imunidade, mas não sei se tinha prescrição ou não. A orientação que o Sindicato faz para todas as farmácias, nos cursos que o sindicato patrocina, é para que se faça injetáveis apenas com receituário médico”, comentou o sindicalista.
Porém, José Antônio alegou que sempre existe um risco com qualquer medicamento e, caso realmente tenha ocorrido um choque anafilático, pontuou que isso é algo que pode ocorrer com qualquer pessoa. “Não existe um teste ou exame para saber se a injeção que foi administrada iria causar alergia ou não. Só se sabe depois de aplicar e pode ocorrer com qualquer pessoa, com qualquer farmácia”, afirmou ao Leiagora.
De acordo com ele, este também é um risco que existe na profissão. José Antônio disse que se solidariza com o familiar da cliente, lamentou também a morte do bebê, mas adiantou que "confia que a farmácia tenha feito tudo que estava ao seu alcance para que o resultado fosse outro".
“A gente se solidariza e vamos deixar o resto a cargo das autoridades competentes que irá apurar, porque sempre que há uma fatalidade dessa há um inquérito penal, conduzido pela polícia civil, e as autoridades da vigilância sanitária devem apurar administrativamente o que ocorreu na empresa. É uma tragédia, mas o único jeito de evitar é não tomar o medicamento, porque pode ocorrer com qualquer pessoa”, justificou.
O delegado do caso, Caio Fernando Alvares Albuquerque, informou que o complexo vitamínico aplicado na vítima era proibido para gestantes, salvo expressa recomendação médica. No entanto, a farmácia onde a medicação foi aplicada, não apresentou nenhuma receita e nem há informação de que a mulher teria ido ao estabelecimento com a recomendação médica.
Apesar de a causa da morte ainda não ter sido confirmada, já que aguardam ainda resultados de exames complementares, o delegado disse que informações preliminares dão conta de que Elaine teria morrido em decorrência de uma possível reação alérgica, que causou uma asfixia, provocando também a morte do bebê por falta de oxigênio.
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