O novo secretário de estado de saúde de Mato Grosso, Juliano Melo, negou a possibilidade dos atendimentos de média e alta complexidade em Cuiabá. No demais, afirma que pretende seguir na mesma linha de trabalho do ex-secretário Gilberto Figueiredo e continuar as 'missões' do governo.
Juliano esclareceu, na segunda-feira (17), que não está nos planos da gestão, estadualizar os tratamentos de média complexidade, ou seja, aqueles realizados em Unidades de Pronto Atendimento (UPA), que em geral atendem ao primeiro diagnóstico de pacientes e também traumas em casos de acidentes. Nem mesmo da alta complexidade, como leitos de UTI, hospitais com centros cirúrgicos e tratamentos especializados como os oncológicos ou cardiovasculares, na Capital.
“A média e alta complexidade está com quem resolve. Cuiabá tem um momento hoje que está voltando a resolver seus problemas, então não tem porque estadualizar nada, a partir do momento em que eu tenho outros contratos que também resolvem a média e a alta complexidade, isso passa pela gestão estadual. Tem que pensar que isso não é uma coisa muito unilateral, é um conjunto, onde estiver funcionando o melhor, o estado está ampliando a rede de média e alta para ser mais resolutivo. Automáticamente, vai estadualizar mais serviços”, disse o secretário.
Quanto à situação de atendimentos de urgência e emergência na capital no Hospital Municipal de Cuiabá (HMC), Juliano também descarta a estadualização, e explica que atualmente trabalha com um modelo de cogestão.
"Na verdade essa regulação já funciona como uma cogestão, ela é teoricamente junta. O que está se alinhando é o fluxo e protocolo de atuação para que ela seja mais efetiva com aqueles que detém a vaga. Não necessariamente ser uma regulação exclusiva estadual, mas ser uma regulação que consiga atender o estado como um todo”.
Somado a isso, esclareceu que seguirá com as mesmas missões de seu antecessor que atualmente ocupa a vaga de Eduardo Botelho (União) na Assembleia Legislativa, dentre elas, a entrega de quatro hospitais regionais em 2024, dar andamento à fila de espera de cirurgias eletivas e a gestão de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) ao longo do estado.
“Então, as missões não mudaram, a gente tem uma série de atividades principais para este ano e para essa gestão. Desde as entregas dos hospitais que estão em andamento, como o programa de cirurgia eletiva que está às vésperas de sair e assim como outras prioridades, né? A regulação, a questão de gestão de leitos, UTI, uma série delas e o cardápio é bem extenso aí de prioridades”, declarou o gestor.
Juliano Melo é nutricionista, formado pela Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), e atua como servidor da SES há 19 anos. Juliano tem especialização em Gestão de Saúde e experiência em gestão de informações, com ênfase nos sistemas DataSUS e BI, e já foi responsável pela Coordenadoria de Vigilância Epidemiológica da SES, pela Superintendência de Vigilância em Saúde da SES e diretor da Vigilância do município de Várzea Grande.
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