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Notícias / Judiciário

20/06/2023 às 16:12

Ação requer suspensão de permuta que viabiliza ampliação do Shopping Popular

A transação beneficia o Shopping Popular com uma área de 21.707 metros quadrados para ampliação do empreendimento e do estacionamento e, em contrapartida

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Ação requer suspensão de permuta que viabiliza ampliação do Shopping Popular

Foto: Assessoria

O Ministério Público do Estado ingressou com ação civil pública, com pedido liminar, requerendo a suspensão dos efeitos do ato que autoriza a realização de permuta entre o Município e a Associação dos Camelôs do Shopping Popular.

A transação beneficia o Shopping Popular com uma área de 21.707 metros quadrados para ampliação do empreendimento e do estacionamento e, em contrapartida, o Município receberia um imóvel com edificação para implantação de sistema fotovoltaico (usina de energia solar).

A ação foi protocolada por meio da 29ª Promotoria de Justiça Cível da Comarca de Cuiabá. Nela, o órgão ministerial ainda requer ao Poder Judiciário que determine à Associação dos Camelôs que se abstenha de promover qualquer edificação voltada à ampliação da área construída do estabelecimento e de construção do estacionamento vertical na área questionada.

Além disso, também solicita que o município de Cuiabá seja proibido de iniciar o licenciamento urbanístico voltado à ampliação do estacionamento.

A fim de garantir com que o pedido de liminar seja acatado, o promotor de Justiça Carlos Eduardo Silva aponta a ausência de interesse público na efetivação da permuta e a omissão de dados e informações que permitam evitar lesão ao patrimônio público e enriquecimento ilícito. Ele ainda aponta desvio de finalidade e outros vícios do ato.

O Ministério Público também contesta o argumento apresentado pela Associação dos Camelôs do Shopping Popular de que a permuta seria necessária para atender as exigências feitas pelo MPMT para a regularização urbanística do empreendimento.

“Dentre os argumentos utilizados para a realização da permuta, verifica-se, desde logo, que as atividades desenvolvidas pela associação no local e a necessidade da obtenção da dominialidade para atender exigências feitas pelo MPMT para a regularização urbanística do empreendimento são questões que aprioristicamente não guardam qualquer correlação com o interesse público que deve justificar o transpasse de bens para terceiros particulares. Na realidade, há alguns anos que os comerciantes que atuam no Shopping Popular já não são mais camelôs”, destacou o promotor de Justiça.

A área onde atualmente funciona do Shopping Popular (10.051,70 m2) possui valor patrimonial de R$ 37.662.264,00 e a área que se busca a incorporação ao estabelecimento (11.238,04 m2) possui avaliação de R$ 6.723.951,00, o que resulta no valor total da área a ser permutada de R$ 44.386,215,00. A avaliação foi apresentada pela associação, com base em laudo firmado por corretor, e teve a anuência da prefeitura.

Outra ação 

O Ministério Público já questionou, em outra ação, uma tentativa de doação de imóveis à Associação dos Camelôs do Shopping Popular. “De fato houve uma série de medidas adotadas ao longo dos anos para a viabilização do uso dos imóveis pelos comerciantes, o que envolveu, inclusive, a desafetação da área e a concessão de uso do espaço por prazo considerável (até o ano de 2023 com possibilidade de prorrogação). Tudo devidamente acompanhado pelo MPMT, o qual exigiu, como contrapartida, que a associação promovesse a reforma e ampliação dos espaços de uso público existentes nas proximidades”.

Outro lado 

Por meio da assessoria o shopping enviou a seguinte nota:

A Associação dos Camelôs do Shopping Popular vem a público esclarecer que possui um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com o Ministério Público Estadual e com o Município de Cuiabá em relação à concessão do espaço que utiliza  e que vem cumprindo com todas as obrigações assumidas.
 
Ainda, por meio de processo legislativo, foi aprovada a Lei nº 6.900/2023, que autoriza a permuta da área onde está localizado o Shopping Popular visando beneficiar toda a população de Cuiabá.
 
Quanto ao processo judicial mencionado na matéria jornalística, esclarecemos que o Shopping Popular ainda não foi citado e, assim que o formos, manifestaremos nos autos para que tudo fique devidamente esclarecido.
 
Por fim, entendemos que o Ministério Público do Estado de Mato Grosso está apenas cumprindo com o seu papel de fiscal da lei, bem como, estamos na mais absoluta tranquilidade em relação ao caso.
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