Em oitiva junto à Comissão de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara de Cuiabá, o marido da vereadora Edna Sampaio (PT), Willian Sampaio, nega que tenha cobrado os repasses da verba indenizatória da ex-chefe de gabinete da parlamentar petista, Laura Natasha, e a chama de mentirosa.
O petista afirma que apenas falou com a ex-servidora do gabinete de sua esposa de forma orientativa, uma vez que é filiado ao Partido dos Trabalhadores (PT) e integra o conselho político do mandato coletivo, modelo adotado pela vereadora.
“Eu jamais me dirigi à Laura para fazer cobrança, apenas informei o número da conta, porque ela era funcionária nova. [...] Minha participação na execução da despesa é zero, eu não faço gestão financeira. Eu só faço os relatórios dos recursos já executados, uma vez feito o gasto eu faço os relatórios”, disse frisando que essa prestação de conta refere-se ao mandato coletivo e não aos relatórios produzidos pelo gabinete para apresentar à Secretaria de Recursos Humanos do Parlamento Municipal.
As declarações de Willian fazem referência aos prints que circularam na imprensa desde que veio à tona a suposta denuncia de "rachadinha". Neles, o marido da vereadora Edna, supostamente, cobrava a transferência da verba indenizatória da chefe de gabinete para uma conta da parlamentar.
Willian ainda afirma que a ex-chefe de gabinete da Edna mentiu em várias outras situações. “Uma parte das coisas que ela falou não corresponde com a verdade e pode ser provado. Tudo temos como provar”, garantiu.
Na oportunidade, ele justificou porque Laura não foi adicionada à conta conjunta, entre a vereadora e sua chefe de gabinete, modelo adotado pela vereadora Edna para gerir as verbas indenizatórias da chefe de gabinete e da própria parlamentar.
“Essa providência ia ser tomada, mas a permanência dela não demorou e não foi feito isso. Agora, o fato dela não estar na conta não quer dizer que os recursos não foram executados para sua finalidade, temos todas as prestações de contas. Está tudo listado”, garantiu.
Willian foi o terceiro a ser ouvido pela Comissão de Ética do Parlamento Municipal, no âmbito do processo disciplinar instaurado pela contra a vereadora Edna por suposta rachadinha.