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Notícias / Política

19/07/2023 às 08:02

"SEM ESSA DE MELANCIA"

Ananias defende Wellington e diz que senador sempre foi de direita

Questionado se a fala sobre excluir membros enrustidos do PL seria para Fagundes, o atual presidente do PL em MT demonstrou irritação e defendeu o correlegionário com unhas e dentes

Paulo Henrique Fanaia

Ananias defende Wellington e diz que senador sempre foi de direita

Foto: Paulo Henrique Fanaia / Leiagora

Tentando tirar a imagem ruim que o senador Wellington Fagundes (PL) tem com uma certa camada dos apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro em Mato Grosso, o atual presidente regional do Partido Liberal no estado, Ananias Martins, defendeu a atuação do senador dizendo que ele sempre foi de direita. Para o líder partidário, o parlamentar sempre atuou conforme as determinações da sigla, mesmo quando se candidatou ao governo do estado em 2018 e teve como vice uma filiada do Partido Verde, legenda que atualmente é federada com o Partido dos Trabalhadores.
 
No último sábado (15), o PL se reuniu no Tênis Clube de Várzea Grande com o objetivo de oficializar o nome de Tião da Zaeli como presidente municipal do partido. Durante discurso, Ananias afirmou que o partido irá passar por um momento de renovação e irá admitir em seus quadros somente os filiados que forem leais à sigla.
 
“Nós temos um comprometimento que é executar o comprometimento que foi determinado por Bolsonaro e por Valdemar da Costa Neto de quem não estiver ligado à direita, quem não estiver com os fundamentos da direita não ficará no partido. Primeiro vamos pedir para que retire e se não quiser se retirar que seja excluído. Não temos como ficar com dualidade no partido. Ou você se arrepende do que foi no passado e venha construir conosco, mas enrustido aqui dentro não ficará, isso é determinação para todos. Aceitaremos os arrependidos, mas não conviveremos com os enrustidos”, disse Ananias durante discurso.
 
Logo depois, ao ser questionado pela imprensa se esse recado teria sido dado ao senador Wellington Fagundes, Ananias demonstrou irritação e afirmou que não admite que falem assim do ex-presidente do PL em Mato Grosso. De acordo com Ananias, quando Wellington esteve ao lado da esquerda, coordenando a campanha de Dilma Roussef (PT) em 2014 e até mesmo tendo uma vice do PV, ele apenas seguia as determinações do partido.
 
“O partido que migrou em certo momento e foi vice do Lula. Então não é uma responsabilidade do pessoal do senador Wellington. Então de forma alguma eu admito uma colocação dessa. O partido nacionalmente não tinha nenhuma determinação que impedisse esse tipo de coligação e se houvesse ele seria fiel e concordaria com o PL nacional”, afirmou Ananias.
 
Não dá para comparar
 
Segundo Ananias, a atuação de Wellington é diferente das atuações de Abílio e José Medeiros, estes conhecidos por serem polêmicos seguidores dos dogmas conservadores da direita bolsonarista. Porém, isso não significa que o senador seja de centro, afinal, ele sempre defendeu os projetos propostos pelo ex-presidente Bolsonaro à época em que ele era presidente do Brasil.
 
Já sobre a pecha de “melancia”, apelido dado por Antonio Galvan (PTB) nas eleições ao Senado Federal no ano passado, Ananias avalia que isso é normal durante uma campanha. “Quando você quer ocupar espaço, você tem que defenestrar ou tentar achar um erro, um defeito no seu opositor. A direita aqui não era só Wellington candidato a senador, tinha o Galvan, o Galvan era adversário do Wellington e ele queria achar alguma coisa para desmerecer o Wellington, mas nem o presidente Bolsonaro entrou nessa. O presidente Bolsonaro foi muito inteligente e falou: ‘candidato é Wellington e meu compromisso com Mato Grosso é Wellington Fagundes’”, afirmou Ananias.
 
Já sobre as vaias recebidas pelo senador durante a visita da ex-primeira dama Michelle Bolsonaro em Cuiabá no dia 2 de junho, Ananias diz que isso já está superado e que o erro foi em virtude da organização do evento que separou a primeira-dama do público.
 
“O que levou aquilo foi a forma que nós tínhamos planejado com a equipe de segurança da Michelle. Havia uma separação de público, uma separação de participantes. Então nós não tivemos como acomodá-la. No final que nós resolvemos tirar ali tinha um pano, uma cortina preta que separava o povo. Ninguém queria isso. E nós tentamos, a equipe da Michele não deixou. E aí alguém tem que ser culpado. E quem pagou o pato foi o nosso senador, infelizmente”.
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