Apesar de o Censo Demográfico de 2022 demonstrar que Mato Grosso possui habitantes o suficiente para ganhar mais uma cadeira na Câmara dos Deputados enquanto outros estados deveriam perder assentos, tudo deve permanecer exatamente como está.
Isso, porque para acontecer a revisão no número de vagas, é preciso ser aprovada uma resolução na própria Câmara dos Deputados e as unidades federativas com perdas de assentos tendem a barrar qualquer tentativa de redesenhar a distribuição de cadeiras.
Dessa forma seria necessário não apenas o engajamento total da bancada de deputados federais de Mato Grosso, incluindo parlamentares da base governista, da oposição e os independentes, como também um alinhamento com bancadas de outros estados interessadas em um redesenho.
O Leiagora buscou contato com representantes da bancada de deputados federais de Mato Grosso, porém somente dois se manifestaram ativamente sobre o tema. Um deles, Abilio Brunini, comentou exatamente a dificuldade de vencer estados como Rio de Janeiro e Bahia nessa disputa.
“A questão principal é que depende dos estados que têm mais vagas reconhecerem este direito e diminuir vagas deles. Pouco provável”, disse Abílio, ao ser questionado sobre o assunto pelo Leiagora.
Um exemplo para ilustrar a dificuldade citada por Abilio é que, enquanto Mato Grosso, atualmente, conta com 8 deputados na Câmara, precisaria reunir mais votos do que estados como Minas Gerais, que atualmente tem 53 parlamentares.
Já a deputada federal coronel Fernanda, através da assessoria, disse que vai se dedicar caso seja confirmada a possibilidade de Mato Grosso ter uma nova vaga.
“A deputada federal Coronel Fernanda (PL-MT) pontua que se há possibilidade de abrir mais uma vaga na Câmara Federal para o Estado, será uma das primeiras a lutar para que a bancada cresça e se fortaleça. Segundo ela, quanto maior for a representatividade mato-grossense no Congresso, maiores serão os benefícios para o Estado.”
Demais deputados não se manifestaram sobre o tema.