Lucas Jackson Barroso Gonçalves, 19 anos, conseguiu uma bolsa de estudos e já é o novo estudante da Franklin &Marshall College, localizada em Lancaster, na Pensilvânia, nos Estados Unidos. Ele foi estudante do Novo Ensino Médio (NEM) do Sesi Cuiabá e realizou o que para muitos é um sonho, cursar uma faculdade no exterior.
Na trilha dele, está a aluna Alanis de Paula Pinheiro dos Santos. Ele também está se candidatando a vagas em diversas faculdades estadunidenses, mas tem a sua preferida, a Rice University.
Por enquanto, Alanis está indo bem nas etapas de seleção, porém o resultado virá apenas no começo de 2024. Já Lucas, está literalmente com as malas prontas e para os estudantes que perguntam como ele conseguiu, não faz segredos.
O futuro acadêmico em terras estrangeiras aconselha os adolescentes a pesquisarem, não desistirem e estudarem muito, além participar ativamente da vida escolar. Todo esse esforço precisa ser evidenciado e será utilizado pelo candidato no momento de concorrer a uma bolsa de estudos.
O interesse de Lucas em estudar nos Estados Unidos surgiu durante a pandemia da covid-19. Como estava em casa, se dedicou a pesquisar sobre o processo de seleção das universidades americanas e como poderia se inserir entre os candidatos. Logo percebeu que o primeiro obstáculo seria a língua e, em dois anos, focou seus esforços em aprender o inglês para passar por uma das etapas, o teste de idioma, que aconteceu este ano, após ele concluir o 3º ano.
“Eu passei. Fiz a prova on-line e percebi que os entrevistadores eram muito gentis e compreensivos com minha situação. Fizeram até algumas brincadeiras para eu relaxar. Estava muito nervoso. Porém, eu também tinha pesquisado sobre as perguntas comuns nesse tipo de prova e me preparei”, explica.
Em seguida foi a hora de encaminhar toda a papelada como cartas de recomendações dos professores e honrarias, que incluem trabalhos voluntários, participação em eventos, certificados e prêmios. No caso de Lucas, ele participou de Olímpiadas de Astronomia e atividades extras ofertadas pela própria escola. O processo se encerra com uma redação, na qual o candidato tem que falar um pouco sobre a vida dele e desafios enfrentados ao longo da vida.
Após passar pelo seletivo, chegou a resposta, certamente inesperada. Lucas não foi só admitido com teve a oferta de uma bolsa de estudos no valor de 71 mil dólares. Nos Estados Unidos, diferente do Brasil, o valor passado já contempla estadia e alimentação. Então, ele conseguiu o recurso suficiente para pagar a universidade. Já a estadia e a alimentação ficam por conta da família do estudante e dele, já que aos acadêmicos bolsistas são oferecidas oportunidades de trabalho no campus por um período de 20h.
Com relação a faculdade, Lucas disse que é a ideal para ele que pretende cursar economia. Franklin &Marshall College foi uma instituição criada por iluministas e tem a formação crítica do cidadão no seu alicerce. “Eu consegui e estou aqui para dizer que todos que se esforçarem também podem. Não é fácil, mas também não é impossível”, finaliza.
À espera de um carimbo no passaporte
Alanis de Paula Pinheiro dos Santos, de 17 anos, também está se preparando para tentar um bolsa em uma universidade estadunidense. Ela está aplicando sua candidatura em várias instituições, mas tem uma como predileta a Rice University, localizada em Houston, no Texas.
Ela conta que tem o sonho de ser jornalista e correspondente internacional e viu na instituição um local adequado para alcançar o seu objetivo. Além da grade curricular que a própria universidade oferece, o que chamou a atenção de Alanis foram as atividades extracurriculares, que tem uma ligação forte com seus objetivos profissionais que atuar com comunicação e cultura.
Mesmo tendo uma instituição como alvo, Alanes tem como estratégia fazer várias aplicações em outras instituições que também tenham convergência com seus objetivos. Desde já, ela já conseguiu uma nota boa na prova do Tofel (Test of English as a Foreign Language - Teste de Inglês como língua estrangeira) e vai fazer as provas de línguas das próprias universidades escolhidas.
Outro procedimento que está em andamento é a coleta de cartas de recomendação e de títulos de honraria, além da confecção da redação. A ideia de Alanis é falar sobre como o empreendedorismo faz para da vida dela, que hoje é proprietária de uma loja de bijuterias no Instagram, e começou sua incursão no mundo dos negócios nas atividades extracurriculares de empreendedorismo sugeridas pelo Sesi Escola.
Orgulho dos professores
A coordenadora do Novo Ensino Médico do Sesi Cuiabá, Heloísa Borges, diz que os dois alunos deixam os professores da escola muito orgulhosos. O desempenho deles, segundo a coordenadora, foi notável e os resultados alcançados mostram que a escola, com sua proposta alinhada ao Novo Ensino Médio, está sendo bem-sucedida.
Borges explica que, agora, mais do que repassar as disciplinas, os alunos são convidados a refletir criticamente sobre ele mesmo, o que querem ser no futuro e como pretendem chegar ao objetivo. Assim, mais do que ensinar questões da educação formal, os professores atuam na construção do plano de vida dos alunos.
Para alguns, esse plano de vida é entrar em uma universidade, nacional ou internacional, e fazer um curso formal. Já outros querem seguir carreiras mais tecnológicas e até mesmo empreender. A decisão e seus caminhos e obstáculos são mensurados pelos próprios alunos com o auxílio de professores, psicólogos e todo corpo educacional.
Assessoria
