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30/08/2023 às 12:45

FEDOR INSUPORTÁVEL

Moradores protestam na AL contra funcionamento de graxaria em Várzea Grande

O grupo também luta com ação judicial para voltar a impedir o funcionamento da graxaria

Da Redação - Renan Marcel / Reportagem local - Paulo Henrique Fanaia

Moradores protestam na AL contra funcionamento de graxaria em Várzea Grande

Foto: Paulo Henrique Fanaia/Leiagora

Moradores e comerciantes do bairro Alameda, em Várzea Grande, estiveram na Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), na manhã desta quarta-feira (30), para protestar e chamar a atenção dos parlamentares e da sociedade para o problema enfrentado com a graxaria da Marfrig instalada na região. Com faixas e cartazes, eles reclamaram do mau cheiro que a unidade de processamento causa e dos prejuízos para o comércio e para o meio ambiente.

Cristina de Souza, uma das representantes do movimento popular  "Diga Não à Graxaria na Alameda", lembrou que a graxaria ficou inativa por 10 anos e entende que não deveria ter voltado a funcionar.

A empresa conseguiu uma decisão liminar autorizando o funcionamento. Contudo, segundo a moradora, são mais de 50 mil moradores afetados pelo mau cheiro. "Estamos aqui na Assembleia hoje pedindo voz", explica, somando moradores de vários bairros da região.

 

Protestantes na Assembleia

Foto: Pau

"A gente está sofrendo em Várzea Grande e tem gente querendo nos calar. Mas a gente não vai parar. A cada dia o movimento cresce, mais pessoas agregando e a gente vai atravessar o Rio Cuiabá", completa.

Ela diz que não obteve resposta da prefeitura da cidade ainda. O grupo também luta com ação judicial para voltar a impedir o funcionamento da graxaria.

Entenda o caso

Apesar das tentativas da Marfrig de instalar a graxaria no bairro Alameda, em Várzea Grande, a Lei n° 4672/2020 que impede que a empresa opere em área residencial, com a emissão de gases fétidos, ainda segue em vigência no município. E os moradores têm cobrado que as autoridades façam valer o que está previsto em lei, pois estão temerosos que o mau cheiro volte a causar prejuízos.

A lei também estabelece que um empreendimento desta finalidade tem operação permitida exclusivamente em área industrial conforme está previsto ainda na legislação de Uso e Ocupação de Solo de Várzea Grande. Já em caso de empresas já existentes, é necessária a adoção de medidas preventivas de emissão de odores e outros resíduos, ainda segundo a lei.

No entanto, sob a alegação de que o sistema de tratamento que está sendo implantado tem eficiência de remoção de emissões gasosas, a Marfrig recorreu à Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema) e obteve o licenciamento pertinente à atividade para iniciar a operação, apesar de a legislação ser explícita quanto à implantação de empreendimentos deste tipo.

A poluição ambiental também é fator preocupante, em razão da proximidade da graxaria com o Rio Cuiabá. Por isso, a implantação do empreendimento foi alvo de uma ação na Justiça devido ao já mencionado desrespeito à legislação e tantos prejuízos que a instalação naquele local vai ocasionar.
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