Cuiabá, sexta-feira, 24/05/2024
02:09:20
informe o texto

Notícias / Geral

09/09/2023 às 12:25

TERREMOTO

Vídeos | Professora da UFMT relata medo e terror no Marrocos e entraves para retornar ao Brasil

Apesar dos transtornos, Flavia explica estar em uma região segura

Luíza Vieira

<Font color=Orange> Vídeos </font color> | Professora da UFMT relata medo e terror no Marrocos e entraves para retornar ao Brasil

Foto: Reprodução

A professora da Faculdade de Engenharia da UFMT Flavia Regina Pereira Santos enfrentou momentos de tensão após ter sentido na pele o tremor de terra que vitimou mais de mil pessoas, no Marrocos, na noite dessa sexta-feira (8).

Flavia está na cidade de Marrakesh para acompanhar uma resposta que a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) fez acerca da avaliação sobre o geoparque de Chapada dos Guimarães, no município de Mato Grosso, que pode se tornar o 6º geoparque do Brasil.

A brasileira, que também atua como geóloga, vivenciou momentos de terror. Em entrevista ao Leiagora ela explicou o que passou e como voltará ao Brasil.

“Ontem, mais ou menos às 23h10, eu tinha acabado de jantar no restaurante do hotel que fica no térreo e começou uma vibração no solo e começou a se espalhar por todas as coisas que tinham no ambiente e logo as outras pessoas começaram a correr e a gente também", relata. 

"Começaram a quebrar garrafas, pratos, copos. Foram caindo as mesas de tanto que estava vibrando o lugar. Quando a gente saiu de lá, a maioria dos hóspedes, era um hotel só de quatro andares, todo mundo estava aqui fora e nós ficamos aqui fora. Até umas 5h da manhã, com medo de acontecer alguma coisa, (para) saber se o prédio estava seguro. Foi uma experiência assustadora porque a gente nunca passou por isso no Brasil e mesmo como geóloga, até a gente entender o que estava acontecendo, demorou alguns segundos”, detalhou.

 
Ela explica que na região em que está houve pouca destruição, mas já na cidade histórica de Medina que fica há alguns quilômetros do hotel em que está hospedada, os transtornos foram muitos. Flavia diz que os noticiários trabalham a todo o vapor noticiando áreas afetadas, atualizando o número de feridos e óbitos e há muitas buscas por pessoas que ainda estão presas aos escombros.


o ruim é que a gente fica muito sem informação, a gente não consegue saber o que é melhor fazer

“Muitas imagens divulgadas do que aconteceu na cidade. E é importante destacar que há uma parte mais antiga no centro da cidade que chama Medina, que é o lugar mais turístico da cidade e é onde havia a maior concentração de pessoas no momento do terremoto (...) Na televisão local eu observei que eles estão passando a quantidade de vítimas, também teve uma reportagem falando que o aeroporto está fechado e as quantidades de vítimas internados no hospital. Mostra imagens de pessoas tentando resgatar, procurando corpos nos escombros”, relatou.

 
A professora afirma que a passagem para a volta ao Brasil está agendada para o próximo dia 13 (quarta-feira), ela preferiria adiantar o voo, no entanto, com os aeroportos fechados, não resta outra possibilidade, senão esperar. Ela também revela o receio de permanecer no país, em especial pela falta de informações.

“Temos uma passagem para retornar no dia 13. Nós tentamos ver para adiantar a passagem, para tentar ir embora amanhã. Mas acabamos optando por não mexer com isso, porque algumas pessoas que tinham passagem para isso não vão conseguir ir embora, porque o aeroporto está fechado (...) o ruim é que a gente fica muito sem informação, a gente não consegue saber o que é melhor fazer”, disse.

Apesar da situação, Flavia afirma que todos que estão participando do evento ganharam suporte, e uma grande tenda foi montada para acolher as pessoas.

Todavia, ela considera mais seguro continuar no hotel em que está hospedada, já que a construção é mais nova e teve poucos abalos em sua estrutura.

Quanto ao medo de novos tremores, a professora argumenta que não há como prever essa possibilidade e argumenta porque o país é tão suscetível a esses eventos sísmicos. 

“Esses terremotos são eventos geológicos que podem ocorrer isolados ou acompanhados de várias repetições. Segundo as informações dos centros de sismologia, teve uma réplica mais ou menos uma hora depois do evento. Mas não foi sentida aqui pela gente. E esses tipos de eventos geológicos não há como prever, assim como vulcões. A gente não consegue dizer exatamente quando vai acontecer. Mas eles ocorrem pela acomodação de rochas no subsolo, pelo movimento de placas tectônicas. No caso aqui, estamos perto de limites de placas tectônicas, uma localização geográfica que há possibilidade de ocorrer terremotos”, explicou.
Clique aqui, entre na comunidade de WhatsApp do Leiagora e receba notícias em tempo real.

Siga-nos no Twitter e acompanhe as notícias em primeira mão.


 

0 comentários

AVISO: Os comentários são de responsabilidade de seus autores e não representam a opinião do site. É vetada a inserção de comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros. O site poderá retirar, sem prévia notificação, comentários postados que não respeitem os critérios impostos neste aviso ou que estejam fora do tema da matéria comentada.

 
Sitevip Internet