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Notícias / Política

27/09/2023 às 07:52

REPERCUSSÃO

Ninguém quer tomar terra dos indígenas, diz Botelho ao defender permanência do marco temporal

Apesar de não concordar com a decisão do STF, Botelho acredita que a medida não trará tantos impactos negativos para MT, já que a maioria das terras já estão demarcadas

Da Redação - Alline Marques / De Porto Alegre do Norte - Paulo Henrique Fanaia

Ninguém quer tomar terra dos indígenas, diz Botelho ao defender permanência do marco temporal

Foto: Helder Douglas / Leiagora

A derrubada do marco temporal movimentou a classe política de Mato Grosso e a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) causou preocupação, principalmente, com possíveis novas desapropriações no estado, que tem uma grande população indígena. Apesar de ser contra a medida do judiciário, o presidente da Assembleia Legislativa, Eduardo Botelho (União), adotou uma postura mais ponderada. Ele faz questão de reforçar que ninguém quer tomar a terra dos indígenas. 

O parlamentar disse que defende que a tese do marco temporal seja mantida, conforme estabelecido na Constituição Federal, até para evitar “criar confusão”. De acordo com ele, é preciso manter o que já existe, numa colaboração mútua.

“É a defesa geral de que o marco temporal tem que ser mantido, que foi estabelecido na Constituição, daí para frente é só criar confusão. Este é o entendimento de quase todos, dos produtores, dos políticos, das pessoas que vivem no estado, das pessoas que convivem com os indígenas. Ninguém quer tomar a área dos indígenas, as áreas deles já estão praticamente definidas. Então eu acho que essa é a melhor alternativa: manter o que está aí, que está ajudando a todos”, declarou. 

Questionado sobre os efeitos da derrubada do marco em Mato Grosso, Botelho ameniza dizendo não acreditar em conflitos no estado. “Não creio em conflito. Em Mato Grosso está bem definido o que é indígena e o que não é. Aqui já está praticamente bem delimitado as áreas indígenas”, afirmou durante o evento de lançamento da obra de pavimentação da BR-158, em Porto Alegre do Norte (1.032 km de Cuiabá), justamente no trecho que passa por uma área indígena. 

A equipe do Leiagora acompanha o evento que conta com a presença de ministros do governo federal como Carlos Fávaro (PSD), da Agricultura, Renan Filho (MDB), de Transportes, além de autoridades estaduais como os deputados estaduais Valdir Barranco (PT) e Eduardo Botelho (União Brasil). Houve ainda a presença de prefeitos das cidades que serão beneficiadas com a obra.
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