De acordo com a Polícia Federal, a investigação teve início a partir da obtenção de informação a respeito de grandes movimentações financeiras de quase R$ 250 milhões entre créditos e débito da empresa envolvida no esquema com servidores municipais ou pessoas próximas a estes.
A partir de então, foram levantados os contratos públicos da empresa com o município e verificado que existiam valores decorrentes de repasse da União. A Controladoria Regional da União (CGU) realizou uma análise minuciosa dos contratos e detectou diversas incongruências e graves irregularidades na execução de contrato de serviços de tecnologia, mantido pelo município entre os anos de 2017 e 2022 com empresa do ramo de informática.
As diligências apuraram que a contratação de serviços era realizada para ampla assessoria na área de informática, desenvolvimento e manutenção de softwares na medida das demandas, sem fornecimento de equipamentos, mas em análises realizadas com o apoio do órgão de controle não encontraram evidências da efetiva prestação dos serviços contratados, bem como de sua correlação com os respectivos pagamentos.
As penas dos crimes imputados aos investigados podem chegar a 30 anos de reclusão.