Aproximadamente 6,7 milhões de medicamentos vencidos foram descartados pela equipe do Gabinete de Intervenção nesta segunda-feira (9), para a interventora Danielle Carmona o descarte dos diversos itens representa tanto a incompetência, como também a corrupção por parte da prefeitura de Cuiabá que era responsável por gerir os insumos através da Secretaria Municipal de Saúde (Ses).
“Dos dois. Falta de gestão, bom planejamento e toda falta de controle, mesmo tendo sido criada uma CPI no ano de 2021 e no decorrer desse tempo não foi realizado inventário, não foi feita uma gestão atuante na assistência farmacêutica, tanto que quando nós assumimos, o sistema com o controle totalmente furado [havia] mais de 85% de desorganização dos itens. Com isso gera medicamentos que vencem e a falta de controle da gestão para poder planejar”, disse após ser questionada se a prefeitura teria agido com incompetência ou corrupção.
A atual gestora explica que a intervenção produziu um inventário sob determinação do Ministério Público para que houvesse um controle quanto à quantidade de medicamentos estocados no Centro de Distribuição de Medicamentos e Insumos (CDMIC). Com o descarte dos medicamentos vencidos, que teriam custado cerca de R$ 8 milhões, haverá espaço para a compra de novos itens.
“Primeiro que são medicamentos que venceram, eles não tem utilização mais para consumo. Tem parte de medicamentos que eles são decorrentes da CPI de medicamentos que foi realizada em 2021 e outros medicamentos que venceram e que não foi realizado o descarte. Após a realização do inventário pela empresa idônea, finalizaram e hoje a gente está fazendo esse descarte para ter a destinação correta e liberação de espaço para controle de estoque de novas aquisições”, explicou.
Diferentemente do que era feito, antes quando a SMS estava ainda sob domínio da prefeitura, as compras eram feitas a cada bimestre. Atualmente, conforme avalia a interventora, há a necessidade de que novas aquisições sejam feitas a cada 90 dias.
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