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Notícias / Polícia

19/10/2023 às 19:00

DEDO DURO

Empresário denunciou esquema e apontou superfaturamento no pagamento de plantões

Ele relata, inclusive, que entrou de “gaitado” no esquema criminoso

Kamila Arruda

Empresário denunciou esquema e apontou superfaturamento no pagamento de plantões

Foto: Assessoria

A delação premiada do médico Luiz Vagner Silveira Golembiouski, proprietário da empresa MedClin, foi o que embasou a Operação Cartão-Postal, deflagrada pela Delegacia Especializada de Combate à Corrupção (Deccor) na manhã desta quinta-feira (19).

A informação consta Da decisão do juiz João Bosco Soares da Silva, que foi quem expediu os mandados de prisão preventiva, busca e apreensão e outras medidas cautelares diversas, os quais foram cumpridos no âmbito da Operação.

O médico detalhou como funcionava o esquema criminoso que desviou mais de 87 milhões da saúde do município de Sinop, e ainda apresentou provas documentais, tais como, comprovantes de transferências bancárias, capturas de tela de conversas de WhatsApp, contratos de prestação de serviços com médicos, contrato de alugueL de ambulância, dentre outros, para comprovar a existência da organização criminosa.

Segundo ele, o grupo criminoso utilizava uma Organização Social (OS) como parte de seu modus operandi para cometer desvios. Além disso, os subcontratos do o Instituto de Gestão de Políticas Públicas (IGPP) – Instinto que gerenciava a Organização social - eram inflados (superfaturados), a fim de justificar a transferência de recursos do Município para a OS.
 
Como exemplo, o delator cita o pagamento de plantões. “Isso está explícito para todo mundo, inclusive para o Tribunal de Contas. Recebe-se R$ 1.700,00 (por plantão) e paga R$ 1.200,00 (para o médico), tem R$ 500,00 aí que está desaparecido, tá em algum meio. Uma OS não pode ter lucro (…) então todo mundo sabe que é superfaturado”, detalhou em sua delação.
 
Ele relata, inclusive, que entrou de “gaitado” no esquema criminoso. O médico afirma que foi contratado para prestar serviço para o município através do Instituto, e que só veio a saber dos desvios quando sua empresa recebeu o primeiro pagamento e foi solicitado um valor de retorno.
 
Vale lembrar que, a MedClin também prestava serviços à Secretaria de Saúde de Cuiabá, pasta que já foi alvo de uma série de operações policiais, e já foi chefiada por Célio Rodrigues, um dos principais alvos da operação Cartão-Postal. 
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