Cuiabá, sexta-feira, 10/05/2024
16:01:17
informe o texto

Notícias / Geral

21/10/2023 às 15:15

RECUPERADAS

Armas furtadas do Exército e achadas em SP estavam enterradas na lama

Ao realizarem buscas pelo local, os policiais encontraram as armas enterradas perto de um lago, em uma área isolada

Metrópoles

Armas furtadas do Exército e achadas em SP estavam enterradas na lama

Foto: Polícia Civil de SP

As nove metralhadoras do Exército que foram recuperadas pela Polícia Civil na noite dessa sexta-feira (20), em São Roque, no interior paulista, estavam enterradas em um lamaçal, numa área isolada, quando os policiais interceptaram os criminosos.

A apreensão do armamento furtado do Arsenal de Guerra do Exército, em Barueri, na Grande São Paulo, ocorreu em uma área de mata, próximo à Estrada Municipal Emil Scaff, e foi marcada por uma intensa troca de tiros. Dois suspeitos conseguiram fugir.

Segundo o secretário da Segurança Pública (SSP) de São Paulo, Guilherme Derrite, as nove metralhadoras recuperadas – cinco calibre .50, com poder de derrubar aeronaves, e quatro calibre 7.62, que tem força para perfurar veículos blindados – seriam vendidas para o Primeiro Comando da Capital (PCC).

Derrite afirmou que a polícia já havia identificado que os suspeitos do furto das armas do Exército estavam em São Roque. Ao chegarem ao local, os agentes teriam sido recebidos com tiros por uma dupla de criminosos, que fugiu por uma região de mata fechada.

Ao realizarem buscas pelo local, os policiais encontraram as armas enterradas perto de um lago, em uma área isolada. “Era uma região com uma espécie de um lago que se formou, e as armas estavam escondidas nesse local”, afirmou Derrite.

A identidade dos suspeitos ainda é desconhecida pela polícia, que também não encontrou registros de pessoas baleadas que tenham dado entrada em hospitais nas proximidades de onde houve o confronto.

Durante a semana, a Polícia Civil do Rio apreendeu oito das 21 metralhadoras furtadas do arsenal do Exército, na Gardênia Azul, comunidade da zona oeste carioca. Na ocasião, ninguém foi preso. As armas teriam sido oferecidas ao Comando Vermelho (CV). Tanto a facção carioca quanto o PCC teriam rejeitado o armamento por falta de peças e por causa do estado de conservação das armas.

As duas polícias ainda estão em busca das outras quatro metralhadoras que não foram recuperadas.

Por causa do desvio das armas, cerca de 480 militares ficaram aquartelados para investigação interna desde o último dia 11/10. O isolamento contribuiu para que o comando conseguisse ouvir depoimentos e afunilar o número de possíveis envolvidos no crime.

A maioria da tropa foi liberada na terça-feira (17/10), mas cerca de 160 militares permanecem sem poder deixar o quartel.

O Comando Militar do Sudeste já identificou três militares que teriam ajudado no furto e também investiga a atuação de outros integrantes da corporação e de civis.

Após o escândalo do furto das armas de alto poder destrutivo, o comandante do Exército, Tomás Miguel Miné Ribeiro Paiva, exonerou do cargo, nessa sexta-feira (20/10), o diretor do Arsenal de Guerra de São Paulo, Rivelino Barata de Sousa Batista. Ele, porém, não foi demitido, mas sim transferido de estado.
Clique aqui, entre na comunidade de WhatsApp do Leiagora e receba notícias em tempo real.

Siga-nos no Twitter e acompanhe as notícias em primeira mão.


 

0 comentários

AVISO: Os comentários são de responsabilidade de seus autores e não representam a opinião do site. É vetada a inserção de comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros. O site poderá retirar, sem prévia notificação, comentários postados que não respeitem os critérios impostos neste aviso ou que estejam fora do tema da matéria comentada.

 
Sitevip Internet