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12/11/2023 às 12:40

PROVA ESPERADA

Fotos e Vídeos | Estudantes antecipam chegada em local de prova e falam sobre expectativa do segundo dia de prova do Enem

Alunos que tentam pela primeira vez o Enem, outros já estão na segunda tentativa e tem até os que buscam trocar de carreira, mas o sentimento de ansiedade é o mesmo para todos

Da Redação - Alline Marques / Reportagem local - Eloany Nascimento

<Font color=Orange> Fotos e Vídeos </font color> | Estudantes antecipam chegada em local de prova e falam sobre expectativa do segundo dia de prova do Enem

Foto: Eloany Nascimento / Leiagora

Este domingo (12) foi marcado pelo segundo dia de prova do Enem 2023 e para evitar os atrasos como na semana passada, em que o trânsito também não colaborou, muitos se anteciparam e chegaram com mais de uma hora de antecedência no local.

O Leiagora acompanhou a movimentação em frente à Unic, um dos principais pólos de Cuiabá, e conversou com alguns dos alunos que aguardavam a abertura dos portões e até familiares e professores que foram acompanhar os jovens que buscam uma vaga nas universidades do país. 

Alguns estão na primeira prova, outros na segunda vez e tem até os que buscam uma segunda formação, mas sem importar as diferenças, o que todos têm em comum, é a ansiedade e expectativa para o segundo dia, data em que a prova é dedicada à chamada área de exatas. 

Inclusive, quem parecia mais confortável com as temidas exatas era Luís Felipe Gonçalves Fortes, 18 anos, aluno do Instituto Federal de Mato Grosso. Ele tenta uma vaga no curso de Engenharia da Computação, e admite mais familiaridade com os cálculos, o que inclusive, é o motivo para a escolha da faculdade. 

“A expectativa do segundo dia é mais alta, porque eu tenho mais divergência com a área de humanas do que de exatas. [...] Estou mais confiante do que no primeiro dia”, comentou ao Leiagora

Luís Felipe contou também que associa o Ensino Médio com o curso técnico de edificação, o que acabou incentivou a seguir para áreas de exatas. Ele explica também que a preparação específica para o Enem teve mais foco a partir do meio do ano, quando também o IFMT ofereceu um curso preparatório, mas para ele essa preparação vem desde o primeiro ano na escola, ainda no Ensino Fundamental. 

Luís foi um dos que chegou com antecedência e comentou sobre a falta de estrutura no local. “A estrutura claramente foi mal projetada pela quantidade de pessoas que vão realizar a prova, mas ainda tá mais organizada do que no primeiro dia, em que eu tive que descer do carro e vim andando, tem alguns agentes e deram uma organizada melhor, mas ainda é precária ainda mais aqui em Cuiabá com esse calor”, comparou. 

Isabelle Letícia Gil Bosi foi outra que chegou com bastante antecedência. Às 9h30 já estava no local, isto porque também foi levar a irmã em outro local de prova, e para evitar contratempos optou por ir cedo. Esta é a primeira vez que ela faz o Enem para valer. Nos outros anos ela realizou a prova como treineira. 

A jovem pretende cursar Medicina desde pequena, devido aos problemas de saúde que enfrentou na infância. A admiração pelos médicos que cuidaram dela, levou Isabelle a querer seguir na carreira de salvar vidas. “Desde pequena queria ir para área da saúde, eu era muito doente, vivia muito em hospital, e queria fazer medicina para tentar fazer as mesmas coisas que os médicos faziam comigo, que é tentar ajudar, de conseguir curar o que eu tinha, sempre acompanhando toda vez que ia para o hospital, queria fazer a diferença como fizeram para mim”, declarou. 

Para o Enem, Isabelle conta que apesar da dificuldade de aprendizado, estudou bastante, mas também contou com o apoio da escola e dos professores. Segundo ela, a preparação inclui até mesmo controlar a ansiedade. “Treinamos isso na hora da prova, fazemos muito simulado, justamente para controlar a ansiedade. E estou contando em fazer um Enem tranquilo e conseguir uma vaga na federal para Medicina”, explicou, lembrando que agora de fazer a prova para valer é muito mais pressão, mas já adianta que não irá desistir caso não passe de primeira. “Se eu não conseguir vou tentar novamente ano que vem e tentar vários vestibulares além do Enem”. 

Já Ana Luisa Alves Spigosso, 18 anos, já está na segunda tentativa também para o curso de Medicina e a inspiração veio da mãe, que depois de já estar casada e com duas filhas, deixou a família em Rondonópolis para cursar Medicina em Rondônia. 

“Eu vi como a minha mãe se realizou na Medicina, porque ela conseguiu conquistar muita coisa que ela não tinha condições financeiras e eu gosto de ajudar as pessoas. Tenho vontade de fazer cirurgia e tenho vontade de fazer o melhor pelas pessoas”, relatou.

Mas para chegar até aqui, a jornada não foi fácil. Diagnosticada com Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade, a jovem faz uso de medicamentos para conseguir garantir um melhor desempenho nas atividades escolares. “Eu tentei estudar ao máximo porque tenho dificuldade de aprendizado, tenho TDAH, tomo medicação. E eu espero que seja suficiente. Cheguei agora às 10h, mas meu coração está acelerado, mas minha família está torcendo e temos que acreditar”, finalizou. 

Já Kamyla Yasca Bispo Martins, 29 anos, tenta uma transição de carreira. Formada em Gestão Comercial, ela até já estuda Odontologia, mas agora tenta o Enem para tentar uma bolsa de 100% para o curso. “Esse curso foi um sonho realizado pelo meu primo, que me chamou e eu me interessei, então resolvi fazer outra faculdade. Eu ganhei 50% de bolsa, e agora estou querendo concorrer a 100%”, contou, lembrando que teve toda sua formação na rede pública.  

“A escola que eu estudei, Wantuil de Freitas, sempre incentivou a gente a crescer e querer ser uma pessoa melhor”, destacou, lembrando estar muito ansiosa, apesar de não ser a primeira vez. “O frio na barriga é o mesmo do primeiro Enem porque eu quero muito essa bolsa de 100%”, declarou. 

Mas não são só os alunos que ficam ansiosos, os pais também tentam dar uma força a mais e acompanham os estudantes até a porta do Enem. É o caso de Andressa Costa Souza Cavalcante, mãe da estudante Amanda que tenta entrar na universidade para cursar Medicina Veterinária. “Eu vim trazer a minha filha para trazer o Enem porque acredito que a presença dos pais é importante para dar uma apoio ou tentar tranquilizar para fazer uma prova mais tranquila. Este momento é uma realização para os pais, foi uma luta muito grande para ela chegar até aqui hoje, e vou lutar mais ainda para ela concluir esse sonho”, comentou a mãe ao Leiagora

Andressa também destaca que a filha mudou de ideia com relação ao curso durante a pandemia. Inicialmente, a jovem estudante queria fazer Medicina, mas trocou para salvar os bichinhos. “Ela Continua na área de cuidar, mas agora de bichinhos. Na minha casa ela teve o direito de escolher, porque cada pessoa é única e se ela mudasse 10 vezes de curso, estaremos sempre para apoiá-la”, afirmou. 

E quem marcou presença na tentativa de também tranquilizar os alunos foi o professor de Física Marcelo Augusto. “Vim dar apoio aos meus alunos, trazer lembrancinhas. Dá uma UP a mais para eles verem um professor na frente da escola onde vão prestar a prova, talvez mais importante da vida deles, então isso vai ajudar e ser uma motivação a mais”, comentou.  

E claro que ele aproveitou para dar uma dica para todos: “Vão com calma, atenção, conquista e uma boa prova”. 


 
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