“Eu acho que foi uma falha generalizada”. Essa é a opinião do presidente da Assembleia Legislativa, deputado estadual Eduardo Botelho (União), sobre as queimadas no Pantanal mato-grossense. Para ele, faltou pro-atividade tanto do Legislativo quanto do Executivo.
O parlamentar acredita que os poderes deveriam ter agido no começo, a fim de evitar que a situação se agravasse. Segundo o Núcleo de Inteligência Territorial do Instituto Centro de Vida (ICV), até 20 de novembro, aproximadamente 1,1 milhão de hectares foram atingidos pelo fogo em todo bioma Pantanal, o que corresponde a 7% do bioma. As chuvas do final de semana reduziram os focos de calor e, ao que os dados indicam, a situação está controlada. Contudo, ainda é necessário o trabalho de monitoramento e rescaldo de possíveis focos que possam surgir.
“Eu acho que nós falhamos novamente com o Pantanal. Tanto a Assembleia falhou, como o Executivo, como todo mundo falhou. Nós tínhamos que ter sido proativos lá, tínhamos que ter entrado, tínhamos que estar trabalhando nisso e nos deixamos acontecer novamente essa queimada no Pantanal”, completou.
Botelho acredita que ainda tem como agir, e convocou o observatório criado no Parlamento Estadual para acompanhar o caso. “Eu não diria que a culpa é só do Governo, a Assembleia também falhou e a população também que deveria ter cobrado mais. Serve, mais uma vez, de alerta para que o ano que vem não aconteça de novo”, finalizou.
As queimadas no pantanal mato-grossense estão preocupando as autoridades, tendo em vista a dimensão do fogo e a sua capacidade de dilaceração. Na semana passada, inclusive, o Governo do Estado baixou um decreto prorrogando o período proibitivo para queimadas no Estado até 30 de novembro.
A decisão leva em conta as condições climáticas favoráveis às ocorrências de queimadas e incêndios florestais, decorrentes do uso de fogo na vegetação, que colocam em risco a saúde, a qualidade de vida e a segurança da população.