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28/12/2023 às 08:00

REFLEXO DO CALORÃO

Mato-grossenses acumularam reclamações por falta de energia no estado em 2023

As quedas sucessivas e a má distribuição elétrica deixaram a população à luz de velas por horas durante o ano

Karine Arruda

Mato-grossenses acumularam reclamações por falta de energia no estado em 2023

Foto: chuyu2014

Recordes de temperatura, calor, tempo seco, queimadas e faltas de chuva em Mato Grosso trouxeram inúmeros problemas aos moradores do estado neste ano de 2023. Além da fauna e flora que foram constantemente afetadas, todos esses fatores também impactaram na distribuição de energia elétrica no estado, inclusive, muitas foram as reclamações da população que ficou à luz de velas por horas e horas.

Que os meses de agosto e setembro em Cuiabá são exaustivos, os moradores da capital já sabem, visto que esse é o período mais quente do ano, quando os termômetros marcam temperaturas altíssimas e a umidade relativa do ar fica muito abaixo do ideal. Mas, para além do calor que é inevitável, a falta de energia também tirou o sono e a paciência da população cuiabana.

Durante o ano, o Leiagora recebeu diversas reclamações de falta de energia elétrica e má distribuição na rede, independente do período do dia.

Uma dessas queixas foi registrada pela população de Várzea Grande, residentes dos bairros Canelas, Nova Fronteira e Jardim Glória.

Além desses, houve outros casos em que a falta de energia no estado fez com que moradores de Cuiabá perdessem o sono e ficassem principalmente no calor, como ocorreu em 26 de setembro, quando a cidade ficou sem abastecimento elétrico durante a madrugada. Na ocasião, que não foi a única, cerca de 21 transformadores pararam de funcionar por pico de carga em decorrência do calor extremo, segundo a Energisa.

Mas, como esse incidente não foi exclusivo, outros casos também foram registrados e reportados ao Leiagora. Em um outro momento, no dia 17 de outubro, os moradores de Rondonópolis também tiveram o serviço de fornecimento de energia comprometido devido à falta de energia no Poço 68, localizado no Residencial Yara e responsável pelo abastecimento de 14 bairros da cidade. A estimativa apontou que cerca de 20 mil pessoas foram atingidas.

Mesmo diante de tantas reclamações, a concessionária responsável pela distribuição de energia evidenciou que o problema estava diretamente relacionado ao calor extremo e à falta de comunicação dos consumidores referente ao número de eletrodomésticos utilizados em casa ou nos estabelecimentos comerciais. Entre as alternativas dadas pela Energisa, a que poderá evitar picos de tensão como esses nos próximos anos é a declaração correta da carga consumida nas residências e empresas do estado.

Além disso, em outros momentos, a concessionária também informou que parte dos problemas estava relacionado ao fenômeno El Niño, que causou mudanças na circulação dos ventos e distribuição de chuvas.

As falhas elétricas foram sentidas principalmente nos municípios de Cuiabá, Várzea Grande, Rondonópolis, Sinop, Sorriso, Lucas do Rio Verde, Campo Verde e Alta Floresta.

Calor extremo

Já que boa parte das indagações feitas pelos moradores foram respondidas pela Energisa atribuindo o problema ao calor extremo, vale lembrar os picos de temperatura registrados no estado neste ano, em especial em Cuiabá.

No dia 19 de outubro, por exemplo, a Capital de Mato Grosso ficou em segundo lugar no ranking de cidade mais quente do país em 2023, momento em que os termômetros marcaram 44,2°C, de acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). Essa foi a maior temperatura já registrada na cidade desde 1911.

Segundo a Organização Meteorológica Mundial (OMM), 2023 se encaminha para se tornar o ano mais quente da história. Antes dele, o ano de 2016 foi o mais quente registrado.
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