Silvio Junior Peixoto, 26 anos, autor do duplo homicídio ocorrido no Shopping Popular de Cuiabá, recebeu a arma do mandante do crime e após matar Gersino Rosa dos Santos, conhecido por “Irmão Nenê” e Cleyton de Oliveira Paulino, de 27 anos, fugiu de ônibus para Uberlândia, Minas Gerais. A informação foi confirmada pelo delegado da Delegacia Especializada de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP), Nilson Farias.
Apesar de não informar a identidade do mandante, o investigado confirmou durante o interrogatório que recebeu apoio para a prática do crime.
“Ele disse que quem contratou ele entregou a arma e assim que ocorreu o homicídio, a pessoa recolheu a arma e pagou o valor que ele foi contratado”, revelou Nilson na manhã desta quinta (28), em coletiva à imprensa.
Agora, com a prisão do criminoso, os policiais conseguiram arrancar de Silvio a informação de que ele teve suporte do mandante do assassinato para fugir da cidade no mesmo dia.
“Ele é de Uberlândia, nunca tinha estado em Cuiabá, ele veio aqui somente para praticar esse ato. Ele não chegou nem a dormir na cidade, ele executou e voltou de ônibus. Com certeza, como é um crime de mando, ele teve apoio para a prática”, detalhou.
“A segunda vítima ele informa que não objetivou acertar ela, mas ele tem conhecimento de arma, ele explicou o tipo de arma que foi entregue a ele, uma 9 mm. Uma pessoa que faz um disparo de uma arma que tem um calibre com muita velocidade, sabe que se ela efetuar o disparo na nuca de alguém num lugar com grande aglomeração de pessoas esse disparo certamente vai transfixar e acertar um terceiro que não tem nada a ver com aquilo. Ele assumiu o risco ao usar uma 9 milímetro dentro de um shopping lotado, com certeza ela sabia que poderia acertar mais pessoas”, analisou.
Segunda fase da investigação
Para a imprensa, o delegado reforçou que agora vai começar a segunda fase da investigação para identificar o(a) mandante(s). Além disso, as linhas de investigação serão trabalhadas, como se o caso tem ligação com facção criminosa, por exemplo, e outras motivações.
“A partir desse momento nós vamos trabalhar para identificar se foi organização criminosa, contrabando de cigarro, agiotagem, crime passional, ou seja, tudo é uma possibilidade que vai ser esclarecida ao longo dessa segunda fase da investigação. ”, pontuou.
Outro ponto que será investigado na segunda fase é se o contratante do crime é de Mato Grosso ou de fora do estado. Nilson revelou que o autor do duplo homicídio disse que o mandante é conhecido dele, na cidade de Uberlândia. No entanto, não deu mais detalhes sobre a identidade por medo de represálias.
“Eu acredito que ele deve ter receio, porque quem contratou ele deve ser alguém perigoso”, falou.
Clique aqui, entre na comunidade de WhatsApp do Leiagora e receba notícias em tempo real.
Siga-nos no Twitter e acompanhe as notícias em primeira mão.
Nós usamos cookies e outras tecnologias semelhantes para melhorar a sua experiência em nossos serviços. Ao utilizar nosso site, você concorda com tal monitoramento. Para mais informações, consulte nossa Política de Privacidade.