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Notícias / Polícia

22/05/2024 às 10:15

CASO VICENTE

Proprietárias de creche devem consultar legista particular para analisar laudo da morte de bebê: 'Muita coisa pra se esclarecer’

Esta é a segunda vez que as proprietárias se manifestam após serem indiciadas por homicídio culposo (quando não há intenção de matar)

Eloany Nascimento

Proprietárias de creche devem consultar legista particular para analisar laudo da morte de bebê: 'Muita coisa pra se esclarecer’

Foto: reprodução/Montagem Leiagora

As proprietárias do Espaço Criança Feliz, em Várzea Grande, revelaram que irão acionar um médico legista particular para analisar o laudo pericial da morte do bebê Vicente Camargo, de 5 meses. Segundo elas, o documento deixa dúvidas: “muita coisa pra se esclarecer”.

O pronunciamento foi feito na noite desta terça-feira (21), no perfil oficial da creche no instagram. Esta é a segunda vez que as proprietárias se manifestam após serem indiciadas por homicídio culposo (quando não há intenção de matar). [Prints ao final da matéria]

Na primeira publicação, as empresárias negaram ter derrubado Vicente e afirmaram que a testa do bebê foi batida no momento em que prestavam socorro a ele. “Achávamos que ele estava afogado, isso foi um acidente, ele estava desacordado, ele dormiu e não acordou mais, pelo amor de Deus, ninguém aqui é assassina”, escreveu no fim de semana.

Na noite desta terça (21), as proprietárias voltaram a publicar uma sequência de stories se defendendo de ameaças e relatando sobre o ocorrido. Entre as postagens, elas afirmam que irão consultar um médico legista particular.

“Um médico legista particular está sendo consultado, o laudo deixa muitas dúvidas, na verdade ele não esclarece o que de fato eu vivi, somente eu e as duas monitoras do berçário presenciamos tudo oque aconteceu. A monitora do maternal estava na sala dela, não viu nada”, diz trecho da publicação. 

“O laudo fala que não há fraturas na cabeça, mas atesta traumatismo. Nada foi olhado no bebê além da testa. Nada mais foi olhado. É. Muita coisa pra se esclarecer”, completou, uma das proprietárias.

O laudo em questão constatou traumatismo craniano. Com a conclusão do inquérito, o delegado responsável pelo caso, Marlon Luz, explicou que uma das proprietárias bateu a testa do bebê na quina de uma mesa de mármore na tentativa de fazer uma massagem de reanimação.

Com esta revelação vieram os questionamentos da população sobre qual a motivação para Vicente ser reanimado.

 “Quando o delegado fala que o bebê sofreu a batida na hora do socorro e vocês perguntam, ‘mas estava socorrendo de que?’ Vou explicar. Ele não sabe explicar porque não fizeram o laudo como deveria ter feito, porque se tivessem feito saberiam a causa da morte verdadeira", assegurou na manhã desta quarta (22).

Vicente dormiu e não acordou mais, infelizmente… Só quem estava ali naquele momento pode dizer com certeza que ele não estava apenas molinho”, finalizou.

O caso

Vicente morreu com traumatismo craniano no dia 17 de abril. O bebê foi levado à unidade de saúde pela proprietária da creche e deu entrada na emergência do Hospital Santa Rita, em Várzea Grande, em estado cianótico (cor azulada na pele que se caracteriza pela falta de oxigênio no sangue) e com parada cardiorrespiratória.

O bebê não respondeu ao socorro prestado e foi a óbito naquela tarde.

Na ocasião, a proprietária do estabelecimento negou ao Leiagora que ele tinha caído, mas alegou que o mesmo estava doente, e passou mal após se afogar com leite. 

Já a família de Vicente, acreditava que o bebê havia caído de uma rede, após ter acesso ao laudo do Instituto Médico Legal (IML), que constatou o óbito por traumatismo craniano. 

Confira abaixo os prints das publicações:

A última captura de dela foi publicada no dia 18 de maio.




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