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Notícias / Polícia

21/05/2024 às 11:30

NEGLIGÊNCIA NO ATENDIMENTO

Delegado diz que proprietária de creche bateu cabeça de bebê em mesa de mármore ao tentar reanimá-lo

Ao Leiagora, a autoridade policial ainda explicou o motivo pelo qual as donas do berçário não foram presas com a conclusão do inquérito

Eloany Nascimento

Delegado diz que proprietária de creche bateu cabeça de bebê em mesa de mármore ao tentar reanimá-lo

Foto: reprodução

O delegado da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Marlon Luz,  revelou que o bebê Vicente Camargo, de 5 meses, teve traumatismo craniano após uma das proprietárias do Espaço Criança Feliz bater a cabeça dele numa mesa de mármore, numa tentativa de reanimá-lo.

Ao Leiagora, a autoridade policial ainda explicou o motivo pelo qual as donas do berçário não foram presas, mesmo com a conclusão do inquérito.

Segundo Marlon, a equipe de investigação, analisando todas as possibilidades, concluiu que o bebê não caiu, descartando a suspeita da família de que havia ocorrido a queda de uma rede.

“Na tentativa de fazer uma massagem de animação no bebê, uma das proprietárias, ao se virar com o bebê no colo, bateu a cabeça dele na quina de uma mesa, o que provocou a lesão. Os laudos são compatíveis com essa informação”, afirmou o delegado.

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O inquérito policial foi concluído na última sexta-feira (17). As proprietárias do Espaço Criança Feliz foram indiciadas por homicídio culposo, quando não há intenção de matar

O documento também constatou que a empresária foi omissa ao não garantir espaços com proteção para resguardar as crianças ali assistidas. Além disso, foi negligente no atendimento à criança.

“Elas não foram presas porque o crime de homicídio culposo - que é quando se mata alguém sem intenção de matar - não admite a prisão preventiva, nem a prisão temporária. A lei não autoriza pedir prisão em caso de homicídio culposo”, explicou.

Com a conclusão do caso, o delegado encaminhou o inquérito ao Ministério Público Estadual e Poder Judiciário para prosseguimento dos atos de persecução penal. O MP vai analisar se o documento possui elementos suficientes para oferecimento da denúncia. Caso não tenha, serão requisitadas novas diligências.

O caso 

Vicente morreu com traumatismo craniano no dia 17 de abril. O bebê foi levado à unidade de saúde pela proprietária da creche e deu entrada na emergência do Hospital Santa Rita, em Várzea Grande, em estado cianótico (cor azulada na pele que se caracteriza pela falta de oxigênio no sangue) e com parada cardiorrespiratória.

O bebê não respondeu ao socorro prestado e foi a óbito naquela tarde.

Na ocasião, a proprietária do estabelecimento negou ao Leiagora que ele tinha caído, mas alegou que o mesmo estava doente, e passou mal após se afogar com leite. 

Já a família de Vicente, acreditava que o bebê havia caído de uma rede, após ter acesso ao laudo do Instituto Médico Legal (IML), que constatou o óbito por traumatismo craniano. 
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