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24/05/2024 às 18:00

BR-070

Após imbróglio, governo da ordem de serviço e duplicação da imigrantes vai sair do papel

Com a assinatura de ordem de serviço, se encerra o imbróglio em torno da rodovia, que estava há 10 anos com um projeto autorizado pela Agência Nacional de Transportes Terrestres

Da Redação - Vanessa Araujo/Da Reportagem Local - Jardel P. Arruda

Após imbróglio, governo da ordem de serviço e duplicação da imigrantes vai sair do papel

Foto: Helder Douglas/Leiagora

O presidente da concessionária Nova Rota do Oeste, Luciano Uchôa, afirmou nesta sexta-feira (24) que a duplicação da Rodovia dos Imigrantes (BR-070) busca solucionar de forma definitiva o trânsito na via, além de trazer segurança e fluidez para a estrada. O governador Mauro Mendes (União) reforçou que as obras trarão benefícios para os moradores de ambos os lados da cidade. 

“Hoje daremos a ordem de serviço já no trecho 1 e a autorização para licitar o trecho 2. Um projeto belíssimo que vai resolver definitivamente esse colapso que virou esse grande gargalo logístico da BR-163, mas também da vida urbana da cidade de Várzea Grande. Nós temos bairros já bastante povoados dos dois lados. […] Nós teremos com as obras, com todos os diamantes, rotatórias, passagens de elevação, fazendo com que o trânsito possa fluir com naturalidade para quem passa pela BR sem causar nenhum transtorno para o cidadão que está morando nos dois lados da cidade”, afirmou Mendes. 

Segundo o presidente da Nova Rota do Oeste, as obras de duplicação serão divididas em dois lotes, sendo o primeiro de 16,3 quilômetros entre o km 495,9 de Cuiabá e o km 512,2 de Várzea Grande, incluindo a ponte sobre o Rio Cuiabá. O prazo para conclusão deste trecho é de 18 meses. A ordem de serviço é de R$ 302 milhões. 

No Lote II, que compreende do km 512,2 ao km 524 da BR-070, no Trevo do Lagarto. Este lote, orçado em R$ 298 milhões, demandou mais tempo de discussão devido à complexidade do segmento urbano de Várzea Grande.

Conforme Uchôa, as obras em Várzea Grande foram dividas em dois trechos devido à atualização do projeto para minimizar o impacto de desapropriações. Em sua fala, presidente da Nova Rota do Oeste destacou que os trabalhos na cidade industriária devem ser iniciados entre o fim de 2024 e o começo de 2025. 

“Nós temos algumas poucas desapropriações previstas, o lote II de Várzea Grande nós dividimos porque era um projeto antigo que foi da licitação original, da concessão, projeto desenvolvido entre 2012 e 2013, nós precisamos atualizar principalmente para diminuir a afetação e as desapropriações. Então, esse projeto nós otimizamos os cruzamentos dos viadutos, minimizando essas desapropriações que serão poucas e não vão afetar, em geral, a população”, explicou Uchôa. 

O projeto inclui soluções para alguns pontos, como a transposição centro-bairro nas regiões de São Mateus (Avenida Filinto Muller), Capão Grande e Praia Grande. Também serão implementadas melhorias no entroncamento de acesso a Santo Antônio do Leverger e ao tradicional distrito de Bonsucesso. Adicionalmente, 5,5 quilômetros de vias marginais serão construídos para facilitar o comércio e os serviços na travessia urbana de Várzea Grande.

Imbróglio da Rodovia dos Imigrantes 

Com a assinatura de ordem de serviço, se encerra o imbróglio em torno da rodovia, que estava há 10 anos com um projeto autorizado pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), mas que estava defasado para o atual estado de urbanização nos arredores da pista. Chegou-se a cogitar em cancelar a duplicação para a construção de um anel viário que saísse do Sinuelo até o Coxipó do Ouro, sendo um contorno passando por fora da cidade. 

A Nova Rota do Oeste especulou transformar a via em uma avenida urbana, pois os gastos com a duplicação e desapropriações na área seriam altos, com isso, a empresa considerou apenas revitalizar e a construção de um anel viário. 

O imbróglio em torno rodovia levou parlamentares federais, estaduais e municipais a se reunirem em Brasília com dirigentes da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) para buscar uma solução definitiva para a estrada, que estava “abandonada”. 
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