05/07/2018 às 12:23
Redação Leiagora
A Reitoria da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) e o Comando de Greve Estudantil assinaram um Termo de Compromisso nesta quarta-feira (04). A assinatura aconteceu durante uma reunião no Teatro do Centro Cultural da instituição.
Fizeram parte da mesa de negociações a Reitora Myrian Serra, representantes das pró-reitoras de Assistência Estudantil e de Ensino de Graduação, o coordenador do Escritório de Projetos e Processos e quatro integrantes do Comando de Greve que representam os estudantes.
Os negociadores concordaram que uma agenda de reuniões públicas será definida e encaminhada ao Comando de Greve ainda nesta semana. Além disso, a Administração da UFMT deverá enviar à representação estudantil os relatórios de fiscalização do Restaurante Universitário (RU), juntamente com instruções de como acessar esses documentos para fiscalizar a empresa Novo Sabor. A reitoria também ser comprometeu a defender a utilização da cozinha do RU para produzir as refeições a partir de janeiro de 2019. Atualmente, as refeições são produzidas na cozinha da Novo Saber sob o argumento que a cozinha disponível na Universidade não tem a infraestrutura necessária para atender a demanda. O Comando de Greve, por sua vez, se comprometeu a realizar uma Assembleia Estudantil tendo o retorno às aulas como pauta. Além disso, o Comando deverá instruir os cursos para que realizem reuniões similares.
Ficou acordado também que a reitoria vai atender a dez pontos da Carta de Reivindicações apresentada pelo movimento grevista. Tais pontos não se limitam ao Restaurante Universitário, englobando vários aspectos da estrutura do câmpus. De acordo com o comunicado publicado pela assessoria de comunicação da UFMT, os pontos são: ?Democratização e desburocratização ao acesso ao Teatro Universitário (TU) para a comunidade acadêmica e garantia da gestão pública (item 5 da Carta de Reivindicações); Concurso público para docentes e técnicos-administrativos (item 7); Solicitação dos contratos detalhados de terceirizadas na UFMT (item 8); Criação de nomenclatura contábil das verbas repassadas para Assistência Estudantil (item 9); Cumprimento e fiscalização das legislações 11.645 e 10.639 (Obrigatoriedade do ensino de história e cultura indígena e africana ? item 11); Garantir o debate étnico-racial, de gênero e sexualidade nos currículos (item 12); Que a universidade capacite a segurança terceirizada sobre questões de gênero, étnico-raciais e direitos humanos (item 13); Não à criminalização do Movimento Estudantil (item 16); Não à derrubada de árvores no campus! Que a reitoria se comprometa ao não desmatamento no campus. Que os bosques sejam preservados e revitalizados (item23); e Contra a redução de vagas da graduação na UFMT (item 28)?
Até o momento de fechamento desta reportagem, não havia nenhuma publicação do Comando de Greve Estudantil tratando dos resultados da reunião. O movimento tem usado uma página no Facebook para criar um canal de comunicação com os estudantes.
Imagem destacada por Willian Gomes/ Secomm UFMT.
Por Bárbara Muller com informações da Ascom UFMT.
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