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24/10/2018 às 07:30

?Contribuir com a gestão do Governo não impede autonomia?, diz Janaína Riva - Vídeo

Sandra Costa

A deputada estadual mais votada por Mato Grosso nas eleições 2018 e, pela primeira vez, uma representante do sexo feminino mais votada para o Legislativo Estadual, Janaína Riva (MDB), foi a entrevistada desta terça-feira (23) do Portal Leiagora, em parceria com o blog Política em Gotas, e falou que vai contribuir com o governo de Mauro Mendes (DEM), mas com independência e autonomia. Janaína, que também lançou pré-candidatura à presidente da Mesa Diretora, defende renovação ao afirmar que ?Era Riva já passou?.

"Quero tentar ter um alinhamento com o Governo. Agora, de forma independente. Acho incompatível você não se posicionar por você fazer parte do Governo. O fato de você contribuir com a gestão do governador não impede que o deputado tenha autonomia. Eu vi muito isso lá na Assembleia, muitos deputados deixarem a sua autonomia de lado e abraçarem o projeto do Governo como se fosse o projeto deles. E isso não pegou bem para a Assembleia e não pegou bem para os deputados?, afirma Janaína, acreditando que a submissão e dependência dos deputados para com o atual Governo fizeram com que o percentual de renovação na Assembleia Legislativa fosse maior que o esperado.

https://www.youtube.com/watch?v=oZn12zxdR8Y&feature=youtu.be

Como a mais votada do Parlamento, Janaína se lançou à Presidência da Mesa Diretora e diz que tem questionado os outros pré-candidatos, como os deputados Eduardo Botelho (DEM), atual presidente, e Guilherme Maluf (PSDB), do que eles fizeram diante da Mesa Diretora. Defende a renovação frente à direção do Legislativo. ?Eu presenciei isso como meu pai (ex-deputado José Riva que esteve ligado à Mesa Diretora, ora como presidente, ora como primeiro-secretário) e vi que a continuidade nunca vai ser boa. Como eu acho que para o Guilherme, que quer pela terceira vez voltar à Mesa. Ele está repetindo o mesmo erro do meu pai lá atrás. Já começa a ter problema com a Justiça, a se enrolar e isso vai ficando pior?.

Conforme a parlamentar, a renovação é boa para a transparência frente à Mesa Diretora e, com esse argumento, se apresenta como um projeto alternativo. ?Eles ainda tentam vincular muito da questão que não seria o novo por conta do meu pai, mas acho agora que a Assembleia, com 14 novatos, não tem que ficar falando de Riva. Acho que essa era passou. Talvez não tenha passado para alguns deputados que ainda estão lá. Mas, poucos sobreviveram a essa era. E se não tiverem a compreensão que estamos em um novo momento, que eles não podem repetir o que foi feito lá atrás, eles também vão passar e a renovação não serão mais de 14, e sim, de 24?.

MANDATO - Sobre o seu mandato, Janaína avalia como muito mais conceitual e de posicionamento ao assumir a oposição ao governo de Pedro Taques. Porém, frustrante no que diz respeito a leis aprovadas, uma vez que conseguiu a aprovação de apenas nove propostas, das quais nenhuma delas, depois de sancionada pelo governador, foi regulamentada. ?Não foi só os meus que não foram regulamentados, a da maioria dos colegas também não foi. Não houve interesse de fazer a regulamentação e não houve uma defesa da Assembleia para que isso acontecesse?.

Para ela, foi a primeira vez que viu leis sendo aprovadas e não regulamentadas depois de 3 ou 4 anos e que o governador se preocupou mais em fazer política midiática. ?Demonstra um desinteresse político social muito grande porque o que eu via era o Pedro (governador) na mídia, querendo mostrar que as coisas estavam indo bem, mas na prática não conseguia fazer as coisas funcionarem de forma correta. O Pedro é muito centralizador, ele tirou a autonomia das secretarias, inclusive, de desenvolver um bom trabalho. Tanto é que seus secretários foram, na sua grande maioria, um fiasco nas urnas?, avalia.

Janaína considera ainda como uma experiência negativa a emenda parlamentar, pois mesmo sendo algo estabelecida em lei de destinar 1% da receita corrente líquida do Estado, as suas emendas acabaram não sendo pagas por se tratar de uma parlamentar de oposição. ?Realmente, a votação expressiva que eu tive acredito que foi o posicionamento. Eles analisam muito mais o posicionamento do parlamentar do que se o parlamentar leva emenda ou qual o tamanho da estrutura dele. Foi uma eleição que chama atenção. Eu não fazia parte da Mesa Diretora, não tinha cargos comissionados, não fazia parte do Governo e não recebia emenda parlamentar?, finaliza.

 

Direto da Redação, Sandra Costa

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