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24/10/2018 às 10:35

Em Plenário, Janaína quer afastamento de Taques; Wilson pede respeito

Sandra Costa

A deputada estadual, Janaína Riva (MDB), acaba de apresentar em Plenário, na sessão do final da tarde desta terça-feira (23), o pedido oficial de afastamento do governador Pedro Taques (PSDB), com base nas denúncias apresentadas na delação premiada do empresário Alan Malouf, homologada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em abril deste ano e que teve o sigilo quebrado na última sexta-feira (19).

"Delação essa que trouxe a luz detalhes sórdidos de corrupção, desde a campanha até o governo do ex-senador e ex-procurador da República que se elegeu governador de Mato Grosso  com discurso de moralidade e de combate à corrupção. Depois de quatro anos dos crimes que passarei elencar a seguir os motivos que trago à luz e documentado na delação de Alan Malouf", disse Janaína.

A deputada justificou o pedido de afastamento citando esquema de arrecadação de doação de empresários para Caixa 2 de campanha eleitoral; doações de empresários que foram reembolsados por meio de contratos legais ou ilegais com o Poder Público; esquema de desvios e fraudes na Secretaria de Estado de Educação (Seduc) na gestão do ex-secretário Permínio Pinto; pagamento de mensalinhos a secretários;  utilização de caixa 3.

"O denunciado (Taques) extorquiu a cervejaria Petropólis para assegurar a vantagens anticompetitiva.  Fez pagamento mensal a meios de comunicação, visando desautorizar e desacreditar o denunciante Alan Malouf. Nesse sentido, solicito que a Mesa faça o recebimento da denúncia que, na hipótese, da Assembleia Legislativa aceitar, Taques seja imediatamente afastado. O recebimento da denúncia, mesmo faltando dois meses, é medida inadiável a fim de preservação das instituições, a fim de que não haja ocultamento de crimes que cometeu e como forma de dar uma resposta imediata a sociedade diante desse espetáculo de horrores", afirmou Janaína.

WILSON PEDE RESPEITO - Em contraponto, o deputado estadual Wilson Santos (PSDB) e líder do governo na Assembleia Legislativa, disse que as acusações têm que ser respeitadas, mas não houve rombo de R$ 56 milhões na Seduc. "O próprio promotor Marco Aurélio disse claramente que nunca houve desvio de R$ 56 milhões e que o desvio passou longe disso. Falhamos na batalha da comunicação e essa mentira foi repetida milhões de vezes. Acusam o governador de ter participado da Rêmora e ele sequer é réu do processo, sequer tem condenação do governador Pedro taques".

Santos disse ainda que tem lido as notícias a respeito, mas que os documentos e as provas precisam aparecer. "A delação até a condenação há uma distância enorme e sem precedente. Complementação de salários, o governador Blairo Maggi fazia complementação e Taques nunca fez complementação. Fui secretário e nunca recebi complementação. Alguém falou que é preciso provar. Os dois ex-secretários Júlio Modesto e Paulo Brustolin negaram o recebimento dessas complementação", afirma o deputado ao alegar que cópias de transferências bancárias teriam que ser apresentadas.

Disse ainda que a Cervejaria Petropólis instalou uma fábrica em Rondonópolis ainda no Governo Silval e Blairo. Sobre a acusação de que sites mais importantes da capital receberam dinheiro de campanha, pediu que os proprietários dos sites venham à tona e se posicionem. "Que os proprietários pudessem se manifestar publicamente ou assumissem que isso de fato aconteceu. Conheço os proprietários dos site, sei que não aceitaram em nenhuma campanha caixa 2".

Por fim, Wilson acredita que a Casa de Leis é madura e que essa denúncia não surtirá efeito. "É preciso mais moderação e respeito ao perdedor. Nas cortes marciais, é inadmissível atacar o derrotado. Sou fã de boxe e lá, depois que seu adversário esta nocauteado, o esporte não deixa que massacrem o derrotado. Que receba o aplauso o vencedor, mas que se guarde respeito. O derrotado de hoje pode ser o vencedor de amanhã. Dante perdeu as eleições de 76 para vereador e isso não impediu que empurrasse para frente. É preciso ter ética com os que perdem e ter respeito", diz Wilson Santos.

 

Direto da Redação, Sandra Costa

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