O presidente da Assembleia Legislativa, Eduardo Botelho (DEM), declarou que foi encaminhado à Procuradoria Geral do Poder Legislativo o pedido de afastamento do governador Pedro Taques (PSDB), protocolado pela deputada Janaína Riva (MDB), durante a sessão plenária vespertina desta terça-feira (23).  A parlamentar justificou o afastamento com base nas denúncias apresentadas na delação premiada do empresário Alan Malouf (Leia mais).

"Vamos ver se existe embasamento legal. Vou encaminhar para a Procuradoria fazer análise, procurar a assessoria jurídica da Mesa e aí tomar uma posição. A Procuradoria terá o prazo de cinco dias para analisar?, declarou Botelho.

Questionado sobre a possibilidade de o governador ser afastado do cargo e de ter que assumir o Palácio Paiaguás, Botelho disse que é preciso pensar, primeiramente, em um encaminhamento legal. ?Eu não acho legal esse afastamento. Agora, se for a vontade da maioria. Mas, a princípio, eu não vejo um afastamento. Faltam dois meses para acabar o governo. A vontade popular já foi feita. Foi eleito novo governador?.

Sobre o risco de esquemas de corrupção ainda continuarem ocorrendo no Governo ou de ser ocultar, ainda nestes dois meses de mandato, crimes que aconteceram na gestão tucana, alegações apresentadas por Janaína, Botelho descarta a possibilidade. ?Não acredito que os esquemas ainda estejam ocorrendo no Governo, pode ser que já ocorreu. Essa é uma posição pessoal minha, todavia, foi encaminhado o pedido dela para a Procuradoria e se a Procuradoria ver que existe legalidade, vamos tomar providência. Senão, vamos arquivar?.

Por fim, Botelho preferiu não fazer uma avaliação sobre as denúncias apresentadas contra o Governo em delação. ?Prefiro ainda aguardar os resultados das investigações. Existem muitas delações que foram firmadas e depois não houveram comprovação. Agora, mesmo o Blairo Maggi (ministro) acabou de ser inocentado em uma delação monstruosa que foi feita que a delação da Odebrecht.

Direto da Redação, Sandra Costa