31/10/2018 às 17:25
Sandra Costa
O Partido Social Democrático (PSD) de Mato Grosso, juntamente com a chapa do candidato ao Senado, Carlos Fávaro (PSD), ingressou com ação de investigação judicial eleitoral, com tutela provisória de urgência e evidência, contra a senadora eleita, Selma Arruda (PSL). Conforme consta nos autos, Selma teria praticado Caixa 2 durante a campanha eleitoral ao realizar o pagamento da empresa de publicidade contratada por Selma Arruda com cheque nominal do seu 1º Suplente, Gilberto Eglair Possamai, no valor de R$ 150 mil já em período eleitoral, no dia 7 de agosto deste ano, que foi pós-datado para o dia 7 de setembro de 2018.
"Com efeito, SELMA ROSANE SANTOS ARRUDA, no afã de conquistar uma cadeira na Câmara Alta do Congresso Nacional, incorreu em abuso de poder econômico, em prática de ?CAIXA 2?, em simulação criminosa de documentos, abuso do poder de mídia (conhecido como uso indevido dos meios de comunicação) e abuso de poder político?, diz trecho da ação.
No processo, consta que a empresa contratada por Selma Arruda e paga dentro do período eleitoral com o cheque de seu suplente foi a Genius At Work, do publicitário Júnior Brasa. E que a contratação total dos serviços teria sindo de R$ 1.030.000,00, sendo que R$ 700 mil pagos no período de pré-campanha e R$ 230 mil durante a campanha, além de R$ 100 mil. ?O escândalo, que materializa a prática de abuso de poder econômico durante a fase de pré-campanha por parte de SELMA, restou facilmente comprovado porque o próprio publicitário de campanha executou judicialmente o contrato de prestação de serviços?, diz outro trecho do processo.
O PSD e a chapa ao Senado de Fávaro destacam ainda o pedido de investigação que a ex-juíza não teria se desincompatibilizado do seu cargo de magistrada no tempo correto para concorrer às eleições deste ano. No processo, pedem a quebra de sigilo bancário de Selma, seus suplentes e da empresa Genius no período de 1º de março de 2018 até 7 de outubro de 2018, além da cassação do diploma da senadora eleita e a expedição da diplomação da chapa composta por Carlos Fávaro, que foi o terceiro colocado na disputa eleitoral ao Senado.
Ainda durante a campanha eleitoral, Selma Arruda negou que tivesse feito Caixa 2, visto que não existe Caixa 2 antes da campanha e muito menos quando se emite cheque. ?Não se paga propina de forma nominal. Cheques são lícitos. Isso é plantado. Segundo, o contrato efetivo de marketing da campanha foi celebrado no dia 15 de agosto. Mandei para assinar e não devolveu. Agora entramos com pedido de notificação extrajudicial porque se recusou a devolver o contrato e ainda recebeu R$ 100 mil. Entramos então com uma ação de exibição de documento?.
Direto da Redação, Sandra Costa
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