A juíza da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, Ana Cristina Silva Mendes, negou o pedido de revogação da prisão preventiva de Wanderson Pinheiro de Souza. A decisão foi publicada no Diário da Justiça que circulou nesta quinta-feira (31).

Trata-se de um dos bandidos de mais alta periculosidade atualmente detido em Mato Grosso. Preso durante a Operação Dez Mandatos deflagrada em março de 2018 pela Gerência de Combate ao Crime Organizado, Wanderson Pinheiro de Souza é apontado pelas investigações como o responsável de chefiar o ?Recursos Humanos? da facção criminosa ?Comando Vermelho?.

A missão seria recrutar novos membros a facção criminosa e até mesmo distribuir camisetas devidamente confeccionadas para efeito de identificação. Após recrutados, os novos membros assumiam a obrigação de pagar mensalidades e usar códigos nas falas numa estratégia para ludibriar a Polícia Civil.

Ao longo de 18 meses, as investigações conduzidas pela Delegacia Regional de Barra do Garças e a Gerência de Combate do Crime Organizado (GCCO) identificaram que os criminosos estavam articulados para cometimento de crimes ordenados de dentro de unidades prisionais de Mato Grosso.

Dos criminosos que foram presos estão Renildo Silva Rios (conhecido como Snype), considerado o líder da organização, que está preso no presídio federal de Catanduvas, no Paraná; Ademir de Assis Campos (Japa), com grande poder de articulação, preso na Penitenciária Central do Estado (PCE); Gilson Rodrigues dos Santos (Tião/Russo), responsável pelas finanças; Wanderson Pinheiro de Souza (Cajú), recurso humanos, condenado a 40 anos e portador de tornozeleira, que foi preso no bairro Jardim Cuiabá, na capital; além de duas mulheres e outros dois homens, que assumiam tarefas de liderança na organização.

HISTÓRICO

Conhecido como ?Caju?, Wanderson Pinheiro de Souza, iniciou sua ?carreira? no crime em 2004, quando foram registradas quatro passagens policias. Daí em diante, passou a acumular delitos em sua ficha criminal.

Em um dos assaltos do qual participou, Wanderson Pinheiro de Souza, foi baleado durante troca de tiros com a Polícia Militar, mas veio a fugir do Pronto Socorro Municipal de Cuiabá, mesmo com um ferimento na perna. Este episódio ocorreu em 2010, durante um assalto que o criminoso praticou a uma cervejaria.

Com mais de 15 passagens pela Polícia Militar, ?Caju? é réu em processos pelos crimes de roubo, receptação e formação de quadrilha.

Direto da Redação - Rafael Costa